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Os diretores do SindusconNOR-PR e SeconciNOR-PR participaram, entre os dias 23 e 25 de setembro, do Encontro Nacional da Indústria da Construção (ENIC 2015), promovido pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). O evento ocorreu em Salvador (BA) e tratou, entre outros temas, da atual crise econômica e política vivenciada pelo país e aumentos no custo de produção, como o da energia elétrica.
As instituições do noroeste paranaense foram representadas no evento pelos presidentes José Maria Paula Soares (SindusconNOR-PR) e Marcos Mauro Pena Filho (SeconciNOR-PR), que tomou posse, durante o ENIC, no Conselho Deliberativo do Seconci Brasil.
Estiveram presentes também os diretores Nivaldo Demori, Álvaro Pereira da Silva, Makihiro Matsubara, José Armando Quirino dos Santos, Luis Renato Muçouçah, Valdemar Adorno Junior e Victor Yabiko, além do ex-presidente do SindusconNOR-PR e superintendente do Aeroporto de Maringá, Fernando Maia Camargo.
Na avaliação de José Maria Paula Soares, o ENIC atendeu as expectativas, tratando com profissionalismo temas técnicos, políticos e econômicos. “O ENIC cumpriu sua função, mesmo em um cenário turbulento. Conseguiu ouvir todos os atores em uma discussão técnica e ampla das ações que devem ser tomadas e da mobilização necessária para o crescimento do setor. São questões - como a NR-12 e a Logística Reversa - que estão acontecendo e independem da crise”, comentou.
Soares afirma ainda que foi visível o impacto do cenário econômico no setor, deixando os empresários menos otimistas, o que modificou um pouco o tom das discussões. “Mas, saímos do evento com o entendimento do setor de que há necessidade de mudanças estruturais para que possam ser implementadas medidas voltadas ao crescimento. É preciso mobilização para modificar rumos, como cortes previstos de investimentos em áreas que, a nosso ver, deveriam ter ações no sentido contrário, ou seja, necessitariam receber mais recursos”, analisou.
Programação
No evento foram realizadas mais de 80 palestras, com debates sobre fontes de financiamento, energias alternativas, formação de preços em obras públicas, norma de desempenho, opções de funding para o crédito imobiliário e relações do trabalho, entre outros.
Durante o ENIC, a CBIC lançou também um movimento que pretende colher 1,5 milhão de assinaturas e apresentar projeto de lei de iniciativa popular no congresso. A instituição quer que sejam estabelecidos mecanismos para impedir o aumento de gastos quando houver déficit nas contas públicas do governo.
Destaque da programação, o economista e filósofo Eduardo Giannetti da Fonseca disse que o Brasil pode estar à beira de uma revolta tributária, em que os diversos setores da sociedade reagirão contra aumentos ou a criação de novos impostos. “As características da crise atual são diferentes das crises passadas. Não há visão de recuperação no curto prazo”, afirmou.
O posicionamento do economista vai ao encontro das preocupações do setor da construção, que tem criticado o modelo de ajuste fiscal do governo federal ancorado no aumento e criação de impostos. Giannetti contou que o país vive um quadro crônico de dificuldades, em que a solução dos problemas fiscais exige mais do que um simples pacote. “É preciso uma mudança de postura e rediscutir o pacto federativo. O tamanho da máquina terá de ser reduzido”, frisou.
Para o economista, essa mudança deve culminar na descentralização dos gastos públicos, levando os recursos para mais perto da sociedade, onde os investimentos sejam necessários. Um movimento que criará mais transparência e qualidade nos desembolsos das esferas de governo, especialmente a federal.
A cobertura completa do evento está disponível no site www.enic.org.br.
Com informações da assessoria de imprensa do SindusconNOR-PR