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O Sindibebidas-PR realizou no dia 31 de março um evento para discutir as iniciativas de Logística Reversa e apresentar os resultados obtidos até o momento pela Central de Valorização de Materiais Recicláveis (CVMR), instalada em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. Além disto, a instituição detalhou a previsão de novos investimentos, com a inauguração de novas unidades em Maringá e Londrina ainda neste ano. Até 2016, a expectativa é de que sejam sete unidades ao todo, com centrais também em Cascavel, Francisco Beltrão, Guarapuava e Ponta Grossa.
O encontro reuniu diversos empresários e autoridades. Entre os presentes estavam o presidente da Fiep, Edson Campagnolo, e o coordenador de Resíduos Sólidos da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sema), Vinício Bruni. Participaram ainda os presidentes dos sindicatos que compõe o projeto, Nilo Cini Júnior, do Sindibebidas-PR; Rui Gerson Brandt, presidente do sindicato do Papel e Celulose (Sinpacel); Roland Schurt, presidente do Sindicato da Indústria de Mandioca (Simp); e Denise Dybas Dias, presidente das indústrias de Plástico (Simpep), além do ex-presidente do Sindileite, Wilson Thiessen.
Campagnolo falou sobre a importância do projeto e ressaltou a necessidade de união das empresas frente aos desafios que se apresentam, como as mudanças na legislação. “Temos aqui pessoas comprometidas não só com o meio ambiente, mas com a sociedade. Existe uma questão de ordem legal, que se as empresas não buscarem soluções, podem incorrer em multas, mas existe principalmente a consciência de que a indústria tem responsabilidade na questão dos resíduos sólidos”, disse.
Resultados
Desde sua inauguração, em 2012, a CVMR já processou mais de 7 milhões de quilos de materiais recicláveis, volume que deve crescer ainda mais com a inauguração das novas unidades. Apenas em 2014 foram processados cerca de 4 milhões de quilos, mais que o dobro do total apurado em 2013.
Para Nilo Cini Junior, coordenador do projeto CVMR e presidente do Sindibebidas-PR, a criação da Central é resultado de uma busca por soluções que encontrou na união a resposta. Ele contou que desde 2010, quando foi instituída a Política de Resíduos Sólidos, as indústrias do setor passaram a procurar uma alternativa. “Passamos a acreditar em um projeto na forma de cooperativa, um piloto, que necessita de alteração e de correções, mas projetamos algo que se tornasse sustentável e que trouxesse confiança aos catadores, aos empresários e ao Estado”, afirmou.
E a união vem dando certo. O coordenador de Resíduos Sólidos da Sema, Vinício Bruni, elogiou a iniciativa. Ele afirmou que a Secretaria está empolgada com os números e informações apresentadas pelo projeto. Ele explicou que entende a crescente preocupação dos industriais com os custos para o cumprimento da lei e defendeu que o trabalho seja realizado em conjunto, com responsabilidades divididas, para que as indústrias possam estar adequadas. “É preciso estar atendo às oportunidades e soluções, para que seja possível encontrar o melhor para o meio ambiente, para a sociedade e para as empresas.”
Responsabilidade social
Além de ajudar as indústrias a atenderem a legislação em vigor, o projeto tem também uma grande vocação de responsabilidade social. Isso porque reúne diversas associações de catadores, propiciando renda e melhoria na qualidade de vida para esses trabalhadores, conforme explicou o gestor representante das empresas que participam do programa, Luiz Roberto dos Santos.
A Central realiza a aquisição dos materiais reciclados das associações de catadores - por meio da Rede Cata Paraná - pelo preço de mercado e, após o processamento, vende diretamente às indústrias que irão realizar a reciclagem. Como se trata de cooperativa, também repassa aos trabalhadores eventuais lucros excedentes apurados em cada período. Atualmente, 31 associações de catadores participam do projeto, beneficiando diretamente 550 catadores, que têm renda média mensal de R$ 1.200.