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Sindicato das Indústrias de Bebidas do Estado do Paraná

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Identificar oportunidades e inovar é essencial para enfrentar a crise

Confira a entrevista com o presidente do Sindibebidas, Nilo Cini Júnior, que comenta os principais fatos que ocorreram no ano que está terminando

clique para ampliarNilo Cini Júnior, presidente do Sindibebidas (Foto: Divulgação)

A crise econômica tem trazido dores de cabeça para os industriais. Apesar do momento difícil, é hora de buscar estar atento às oportunidades e inovar para tornar a empresa mais eficiente e competitiva. A opinião é do presidente do Sindibebidas, Nilo Cini Júnior, que concedeu entrevista ao Boletim da Indústria. Ele avalia as ocorrências e fala sobre o cenário e medidas que podem ser tomadas para minimizar os prejuízos. Confira a seguir:

Boletim da Indústria - Como o senhor avalia o cenário econômico deste ano para o setor de bebidas?

O comportamento do mercado de bebidas não foi muito diferente dos demais setores da economia. Tivemos um significativo aumento dos custos de insumos e matéria-prima, aumento de impostos federais e energia, sendo que a evolução de preço de venda ficou  abaixo da real necessidade do setor.  A perda do poder aquisitivo e a insegurança quanto a estabilidade de emprego e política colaboraram em muito para que o setor tenda a fechar o ano, com uma venda na faixa de 6% abaixo de 2014. Este número só não é pior devido aos esforços realizados e a um clima favorável ao seguimento até o mês de outubro, pois novembro e dezembro têm sido muito instável, o que prejudica as vendas. 

O dólar passou por uma valorização importante durante 2015. Para o setor de bebidas quais foram os impactos e as oportunidades?

O impacto foi bem significativo. Temos uma grande parte dos insumos e matéria-prima atrelados ao dólar. Outro insumo muito importante que sofreu um aumento de preço muito significativo foi o açúcar, que em apenas dois meses teve uma alta acima de 50%. Está sendo um ano muito difícil. É preciso realmente ter muita percepção, astúcia e estratégia, para neste momento poder identificar oportunidades que minimizem os efeitos de tamanha instabilidade do mercado. Novos nichos de mercado e produtos, novas embalagens e investir nos seguimentos mais rentáveis são algumas das estratégias que podem fazer com que se obtenha um resultado “menos ruim” do que se projeta, mas tudo isto impacta em ter o capital de giro necessário para promover e por em prática estas estratégias e ainda com o risco do retorno não ser o esperado.

Quais foram as iniciativas do setor para escapar da crise?

Como comentei, é necessário estar muito atento ao movimento do mercado, tentar identificar aonde há oportunidades para sua empresa ter um incremento de venda ou margem e colocar em prática ações de mercado, que incentivem ao consumidor preferir a sua marca, se tornando mais atrativo e trazendo o retorno de satisfação pessoal que ele espera. Ações internas de incentivo a colaboradores e clientes também são uma prática comum neste seguimento, pois todos nós somos também movidos por estímulos e  desafios. Faz parte do nosso ser.

O Sindibebidas tem uma preocupação constante com a logística reversa, inclusive com a instalação das CVMRs? Como esse projeto avançou durante este ano? Quais são as expectativas para 2016?

Tivemos um ano muito difícil para todo o setor, mas com os esforços de todos, empresas, instituições, associações órgãos públicos estamos conseguindo finalizar o ano com uma boa perspectiva para 2016. Nosso plano já está devidamente protocolado junto a Secretaria Estadual do Meio Ambiente e estão previstas novas CVMRs e outras ações para incremento do recolhimento e correta destinação do resíduo e um trabalho muito importante da  conscientização da sociedade para que a educação e o hábito da correta destinação do resíduo seja feita já de dentro de nossas casas, facilitando em muito o processo da logística reversa. No caso mais específico de embalagens de bebidas, podemos dizer que estas tem um dos maiores índices de reciclagem se comparado com demais setores, destaca-se embalagens como latas de alumínio um índice acima de 98% de reciclagem e PET próximo a 60%.

Que ações o sindicato planeja para o próximo ano?

Temos trabalhos direcionados para ações que promovam o equilíbrio fiscal com demais estados da federação, ações que possam gerar  incentivos fiscais com contra partidas de investimentos no setor com manutenção ou geração de empregos, ações que promovam a divulgação dos benefícios do associativismo, junto ao Sindicato, face a toda a gama de produtos e benefícios gerados pela Federação nos proporcionando a ter um setor mais forte e unido, pois os desafios são iguais para todos.

Como mudanças no cenário político podem impactar o setor?

Só vejo a possibilidade de investimento e melhorias para o setor, quando tiver uma situação mais definida dos rumos que a economia deve seguir e para isto necessitamos que pelo menos a maioria dos políticos se unam em pró da sociedade e não de interesses partidários ou próprios.

Quais as perspectivas para a economia no próximo ano?

O setor acredita que muitas pequenas e médias empresas tenham dificuldade, face ao cenário atual de aumento de custo e da dificuldade de liquidez e repasse de preços, contudo o mercado deve ficar estável quanto ao volume de vendas, sendo que dependemos também muito do fator clima que é crucial para nosso mercado.

Qual mensagem o senhor enviaria aos associados do Sindibebidas neste momento?

Que possamos nos unir para enfrentar tamanha dificuldade e que esta seja mais uma de tantas crises que já superamos no passado. Como diz  Edson Campagnolo, nosso presidente do Sistema Fiep, juntos somos mais fortes. Bom final de ano e um 2016 com muita trabalho, saúde, fé e realizações.

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