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"Em uma crise, é necessário criar", diz Milton Facio, da Dobermann

Diretor prestigiou o Jantar de Confraternização do SINDBORPR neste ano

clique para ampliarclique para ampliarMilton Facio, diretor da Dobermann (Foto: Rafael Nogarolli)

O diretor da Global Tire do Brasil - Dobermann, Milton Facio, acompanhou o Jantar de Confraternização do SINDBORPR realizado no dia 14 de dezembro em Curitiba. Ele, que também faz parte da diretoria da Associação Brasileira do Segmento de Reforma de Pneus (ABR), conversou com a reportagem do Boletim da Indústria sobre os resultados de 2016 para a indústria de reforma de pneus e as perspectivas da empresa para 2017.

De acordo com Facio, os números do setor neste ano precisam ser analisados porque parte deles indicam uma redução na atividade e uma venda significativa de pneus novos, mesmo na crise.

"Fora do Brasil, a relação de preço entre pneu novo e recapado é 45% a 50%. No Brasil é em torno de 25 a 30%. Isto afeta muito a rentabilidade do reformador. Ele tem um ganho menor. E isto se explica pela alta concorrência no mercado. Talvez a concorrência de preço faz com que exista uma margem menor. Muitos reformadores acham que comprar uma borracha mais barata vai permitir vender um produto mais barato e ganhar mais dinheiro, o que é um erro", avalia.

Outros destaques citados por Facio são o uso maior de borrachas mais leves para fazer os mesmos produtos e o surgimento de muitos fabricantes de borracha, especialmente de portes pequeno e médio. Especificamente em 2016, um dos grandes problemas foi a inadimplência dos clientes, de acordo com o diretor da empresa. "O grande vilão foi a inadimplência. Onde você vai, escuta falar sobre isto. E afeta tanto reformadores quanto os fabricantes. Você não sabe se vende ou não porque não sabe se vai receber depois. Isto freou muito a atividade", conta.

Facio explica que, para 2017, espera inicialmente o mesmo ritmo de 2016, com a perspectiva de melhora para o terceiro trimestre. "Alguém vai ter que tomar uma ação e isto quem deve fazer é o governo. Se permanecer esta bagunça, com uma novidade em cada dia, os investidores que estão lá fora não vão querer colocar dinheiro aqui. Eles vão esperar e, quando tiverem essa confiança de fazer esse investimento no Brasil, começa a gerar confiança, a circular dinheiro e a espiral ascendente começa a girar", opina.

O diretor ainda ressalta a importância da inovação em um momento de crise. "Na crise, tem que tirar o 's' da palavra, que se transforma em 'crie'. Tem que criar e se reinventar. Sempre existe uma oportunidade. Basta olhar diferente. Nós, da Dobermann, crescemos um pouco em relação ao ano passado e acreditamos em um crescimento maior em 2017, mas sempre inovando para os nossos clientes", afirma Facio.

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