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O café foi o motor da colonização do norte do Paraná e motivou a criação da maior
parte das cooperativas agrícolas da região. Mas a partir dos anos 60, a pecuária, a soja, o milho e a
cana-de-açúcar tomaram o lugar de destaque dos cafezais, abandonados após sequência de geadas e
queda na produtividade.
A atividade pioneira estava nos nomes da Cooperativa de Cafeicultores de Maringá (Cocamar)
e da Cooperativa de Cafeicultores de Mandaguari (Cocari).
Mais de quatro décadas depois de criadas, o desafio
desses grupos é promover o renascimento do café. Rebatizadas de Cocamar Cooperativa Agroindustrial de Maringá
e Cocari Cooperativa Agroindustrial e Industrial, ambas investem em projetos de fomento à cafeicultura.
O preço
favorece: entre 2010 e 2011, o preço da saca com 60 kg praticamente dobrou, passando de R$ 260 para R$ 500.
Na
Cocari, são 2 mil produtores dedicados à cultura. O grande desafio é fazer com que troquem o manejo manual
pelo mecanizado, já que a escassez de mão de obra provou ser um obstáculo permanente para o avanço
dos cafezais.
A Cocari foi precursora da mecanização, trazendo uma máquina colheitadeira há
3 anos e estimulando seu uso entre os cooperados. Na cultura que é bienal, o próximo ano, de safra alta, deverá
se de crescimento na mecanização.
"Todos os especialistas estão aconselhando a adequação
às máquinas e não precisa ser equipamento grande", diz o engenheiro agrônomo Roberval Simões
Rodrigues, do departamento de café da cooperativa Cocari.
Colheitadeiras manuais, chamadas de derriçadeiras,
custam menos de R$ 1 mil. Já grandes colheitadeiras de café têm valor entre R$ 300 mil e R$ 400 mil. A
soja, o milho e o trigo representam uma fatia maior que a do café na estrutura de receita da Cocari, mas os recentes
ganhos de produtividade obtidos pela mecanização podem virar esse jogo.
De 5 a 10 anos, Rodrigues projeta
que 50% dos cooperados que atuam na cafeicultura vai aderir à mecanização, abandonando o processo totalmente
manual. Além das colheitadeiras e derriçadeiras, a mecanização envolve o plantio mecânico,
pulverização, irrigação e secagem com o uso de equipamentos próprios.
Para que isso
seja possível, a cooperativa orienta os produtores a adaptar suas lavouras, aumentando o espaçamento entre as
plantas, para que o equipamento possa entrar e trabalhar. "O problema é que na nossa região o café foi
plantado em terras caídas. Com a cultura do adensamento, as plantas foram plantadas próximas uma das outras",
explica Rodrigues.