A tecnologia automobilística tem deixado os motores cada vez mais resistentes e imunes ao 'desleixo' de motoristas
pouco preocupados com uma das partes mais importantes de um veículo. Atualmente, com inúmeras centrais eletrônicas
e sensores, basta o proprietário seguir algumas regras simples para não ter dor de cabeça mais tarde.
Sair acelerando logo nos primeiros quilômetros para evitar que o carro zero, como diriam os mais antigos, fique “amarrado”
não desenvolve o máximo de potência e torque.
“Atualmente os processos de produção são mais digitais, a manufatura robotizada e os materiais
dos componentes evoluíram, o que tornou desnecessária a prática de amaciar o motor”, explica Reinaldo
Nascimbeni, supervisor de serviços técnicos da Ford.
“Os motores são testados até 240 mil km. Isso não significa que, após esta quilometragem,
eles acabam. Hoje existem veículos com 300 mil, 350 mil km rodando perfeitamente”, completa.
Motores retificados
No caso dos motores retificados, as regras mudam um pouco. De acordo com o proprietário de
retífica Odacir Cattaneo, os blocos refeitos precisam passar por um processo de amaciamento. “Por ser o processo
de usinagem mais artesanal, que não utilizam peças originais, mas de primeira linha, os componentes demoram
um pouco mais para encaixarem perfeitamente”, revela.
De acordo com ele, nos primeiros 1.500 km o motorista deve evitar longos períodos de marcha lenta e acelerações
excessivas, elevando as rotações ao limite. “As pessoas têm mania de ligar o carro pela manhã
e deixá-lo esquentando. Isso não pode. Também não pode sair acelerando o carro na saída
da retífica.” Para Cattaneo, é preciso achar um meio termo, com variação das rotações.
“Um motor retificado que não é amaciado corretamente, deixa folga nas peças e provoca, por exemplo,
o consumo mais elevado dos fluídos”, explica.
No caso de o serviço ser de qualidade, um bloco refeito deve durar, pelo menos, 80% da quilometragem de um
motor comum. “É preciso seguir os mesmo padrões de um motor zero. Levar o veículo às revisões
periódicas, utilizar sempre combustível de qualidade, aditivos e sempre efetuar a troca de óleo nos períodos
corretos”, conclui.
Fonte: G1
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