Sindirepa Toledo 25 anos
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Cuidados para não ficar cego ao volante

Estudo aponta os carros com melhor visibilidade entre os modelos mais vendidos no Brasil e ajuda a evitar que a falta dela coloque em risco a segurança no trânsito

clique para ampliar clique para ampliarDireitos reservados. (Foto: /)

Um inocente adesivo colado no vidro traseiro do carro ou uma bolsa deixada sob o porta-pacotes (tampão do porta-malas) pode se transformar num risco em potencial para acidentes no trânsito. O alerta é do Centro de Experimentação e Segurança Viária (Cesvi Brasil), que regularmente realiza um estudo para classificar os veículos vendidos no mercado nacional de acordo com a visibilidade proporcionada ao motorista.

Além de mostrar quais modelos apresentam as melhores e as piores avaliações nesse quesito, o levantamento aponta também elementos que contribuem para uma boa visibilidade e ajuda a estipular uma série de atitudes para que o condutor não tenha o campo de visão comprometido ao dirigir. Além das “manias” citadas no início do texto, outra bastante comum de quem possui um automóvel é pendurar objetos no retrovisor interno. “Isso tira a atenção do motorista. Até mesmo a famosa fitinha do Nosso Senhor do Bonfim é suficiente para distrair o condutor”, observa o analista técnico do Cesvi Claudemir Rodriguez. Ele também inclui no mesmo pacote acessórios como relógios medidores, GPS e telas de DVD players.

O especialista diz que a permanência de quaisquer elementos entre o espelho retrovisor interno e o vidro traseiro, por menores que sejam, atrapalham a visibilidade, além do perigo de se tornarem um projétil letal, no caso de colisão que o arremesse para frente contra os ocupantes. “Por isso, evite deixar objetos mal acomodados ou sobre o porta-pacotes traseiro. Utilize os porta-objetos disponíveis nos veículos, como porta-luvas, porta-trecos e porta-malas”.

Ele lembra que os automóveis já trazem pontos cegos (áreas não visíveis) em seu perímetro, portanto limitar ainda mais o campo visual só aumenta o risco de uma colisão. A própria estrutura de alguns modelos de veículo contribui para diminuir a área visível. Exemplos são as versões com o estepe fixado na tampa do porta-malas e aqueles cujo vidro traseiro é diminuto. “Até o limpador traseiro nos hatches influencia na visão do condutor”, sentencia o analista.

Outro fator que compromete a visão é a coluna A (que sustenta o teto). Quanto mais larga for a espessura dela e menos inclinada, menor será a área visível. “Alguns modelos trazem aquela “janela” a mais (em forma de triângulo) ao lado do vidro dianteiro. A função dela não é estética, mas sim para facilitar a visão lateral”, informa. Os retrovisores externos com espelho convexo (que trazem uma linha tracejada na extremidade) também merecem atenção. Apesar de aumentar o raio de visão lateral, eles distorcem a imagem, dando a impressão que o objeto refletido está mais distante do que na realidade está.

Metodologia

Na tabela contida no início da matéria estão relacionados alguns dos modelos avaliados pelo estudo do Cesvi. Para o cálculo da visibilidade total, foi realizada uma média aritmética dos resultados dos três tipos de visibilidade: traseira, lateral e dianteira. A classificação é apresentada em um intervalo de 0,5 a 5 estrelas, podendo intercalar notas com 0,5 estrela (2 estrelas e meia, por exemplo). Quanto maior a nota, melhor a visibilidade do veículo.

Os modelos que trazem sensor de estacionamento ganharam automaticamente meio ponto no escore da visão traseira e os que oferecem câmera de ré levam a pontuação máxima no mesmo quesito. Com isso, os veículos importados e de luxo, juntamente com o Honda Fit, encabeçam a parte de cima da lista, com 4,5 estrelas – nenhum modelo merceu pontuação máxima. Na outra ponta da tabela estão Fiat Siena Fire e VW CrossFox, nas suas antigas versões, que ficaram apenas com 1 estrela.

Fique atento!

Atitudes que podem evitar a obstrução do campo visual

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