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De olho - 19/11/2012

Confira os erros mais comuns na manutenção dos pneus

É importante orientar os clientes que chegam à oficina, que muitas vezes deixam de fazer o reparo por não saberem as consequências

Muitos clientes, em nome da economia e principalmente pelo desconhecimento, deixam de realizar reparos simples e tomar cuidados com os pneus. Normalmente o resultado é um acidente por falta de manutenção, consertos de peças mais caras ou de conjuntos inteiros e ainda punição ao condutor.

Segundo o Código Nacional de Trânsito, trafegar com pneu careca é considerado infração grave, são cinco pontos na carteira de habilitação e multa de R$ 127. A simples atitude de orientar o cliente que para na oficina sobre como conseguir o melhor desempenho dos pneus, evita diversos problemas e ainda é uma maneira de criar um elo de confiança. Veja os erros mais comuns na manutenção do equipamento rodante.

Pressão incorreta: rodar com o pneu abaixo da pressão indicada pelo fabricante aumenta a área de contato com o piso, gerando um desgaste maior de suas extremidades. Além disso, exige mais esforço do motor, aumentando o consumo de combustível. No entanto, o excesso de pressão causa desgaste mais acentuado no centro da rodagem, perda de estabilidade em curvas, rachaduras na base dos sulcos e maior propensão a estouros, além da maior facilidade de penetração de objetos.

Desgaste excessivo: os TWIs (Tread Wear Indicators) são ressaltos da borracha de 1.6 mm que indicam a profundidade mínima dos sulcos. Abaixo dessa medida, o pneu é considerado careca e passível de autuação pelas autoridades de trânsito. Um pneu neste estado aumenta o risco de aquaplanagem e a perda de controle por parte do condutor em caso de chuva.

Riscar o pneu: a prática de redesenhar os sulcos é condenada pelos fabricantes pelo fato de comprometer a estrutura do pneu, deixando por vezes a lona aparente. Um pneu ressulcado pode estourar em pleno movimento.

Consertos inadequados: muitas vezes, ao consertar um pneu furado, os borracheiros utilizam um filete de borracha chamado de "macarrão", introduzido por meio de uma agulha no furo a ser reparado, eliminando a desmontagem da roda. Esse recurso, se utilizado por tempo prolongado, pode permitir o vazamento da pressão. Em relação aos danos causados nas laterais do pneu, o indicado é substituir o componente, pois é não é permitido consertar essas áreas.

Negligenciar a manutenção da suspensão: se a suspensão estiver mal calibrada e desgastada pode provocar o desalinhamento da direção e comprometer a estabilidade do veículo. O desgaste irregular ou prematuro dos pneus indica sinais de falta de alinhamento do sistema.

Não realizar o rodízio: o rodízio tem a função de igualar o desgaste e garantir a durabilidade dos pneus. Deve ser realizado de acordo com a manutenção do manual do proprietário do veículo ou a cada oito mil quilômetros para pneus radiais e cinco mil para pneus diagonais.

Não alinhar e balancear as rodas: o alinhamento das rodas deve ser feito sempre que elas sofrerem algum impacto, na troca de pneus ou quando apresentarem desgastes irregulares, na troca de componentes da suspensão, quando o veículo estiver "puxando" para um dos lados ou a cada 10 mil quilômetros.

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