CB-35 quer definir critérios para pressão mínima das panelas
A chegada da certificação do INMETRO às panelas de pressão trouxe inúmeros benefícios
aos fabricantes, que agora contam com o respaldo do Instituto para atestar a qualidade de seus produtos.
No entanto,
o processo de aferição requer alguns aprimoramentos, principalmente no que se refere à definição
de critérios claros para a pressão mínima das panelas.
O assunto foi colocado em discussão
em reunião realizada na última quinta-feira (19-05), durante a ExpoAlumínio, pela Comissão de
Estudos de Utensílios Domésticos de Alumínio.
"A pressão hidrostática da panela
é medida de acordo com a impressão do operador, ou seja, não tem um método, parâmetro ou
aparelho. Essa indefinição pode acarretar em reprovação do produto, muitas vezes de modo injusto,
por uma interpretação errada. Não podemos manter isso, pois a forma de medição e resultado
tem que ser igual para todos", destacou o coordenador da Comissão e vice-presidente do SIAMFESP, Arcangelo Nigro Neto.
Com
o mesmo pensamento, Bruno Russo, da MRP, sustenta que a subjetividade deve ser eliminada nos testes de pressão. "A
ideia é acabar com o valor mínimo e trabalhar direto com o máximo, comparado com o valor nominal da pressão",
apontou.
Ricardo Todeschini, da Anfar, foi outro que propôs mudanças a este processo. "O ideal é
que o fabricante já saiba os resultados que deve obter antes de iniciar o projeto, e vá para o ensaio apenas
para comprovar que está tudo certo. Hoje não é assim. Ele faz um ensaio e depende de um resultado para
poder chegar a outra conclusão, resultando muitas vezes na perda de tempo e dinheiro", analisou.
Já o
empresário Antônio Froza, da MTA, indústria que está prestes a entrar para o mercado de panelas
de pressão, ficou satisfeito ao ver a movimentação do setor em busca da melhoria no processo de fabricação
dos materiais. "Tranquiliza o fabricante fazer um produto que dá segurança para o consumidor", frisou.
"Estamos
conseguindo moralizar o mercado, adotando essas novas definições trazidas pela norma e, com isso, conseguimos
levar para o consumidor final um produto de melhor qualidade, mais confiável, que vai dar mais segurança", reforçou
Ângelo Wagner Merlo, do Groupe SEB, dono das marcas Panex, Rochedo, Penedo e Clock.
No mesmo sentido, Nerel Colombo,
da Alumínio Fulgor, vê com bons olhos a certificação do INMETRO e está otimista quanto às
definições desses pontos que precisam ser esclarecidos. "O mercado está precisando dessa valorização
do produto, porque havia muita concorrência desleal, então isso melhora a qualidade da panela, beneficiando a
população", ressaltou.
As discussões em torno do tema devem avançar na próxima reunião
da Comissão, cuja data será divulgada neste informativo do SIAMFESP em momento oportuno.
FONTE: http://www.siamfesp.org.br/