Semana terá indicadores de inflação
e de emprego
Nessa semana terá uma seqüência de divulgações de indicadores bem mais
abrangente que as anteriores. Depois da agenda da primeira semana de completa de agosto ter sido dominada por anúncios
de inflação e de a segunda ter contado com uma quantidade bastante reduzida de números relacionados à
economia doméstica, a terceira trará resultados ligados não somente à inflação do
varejo e do atacado, mas também ao emprego no País e do setor externo.
Um dado que deve merecer destaque atenção um pouco maior dos especialistas é o Índice de Preços
ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) de agosto, que é uma prévia do indicador fechado do Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE). A divulgação do índice será feita apenas na sexta-feira.
Há uma expectativa positiva entre os especialistas do mercado financeiro sobre o IPCA-15, já que eles aguardam
que a inflação monitorada pelo Banco Central mostre a continuidade do processo de desaceleração
observado em julho. Se no mês passado o IPCA-15 variou 0,63% e o IPCA fechado mostrou taxa de 0,53%, para agosto boa
parte das estimativas para a parcial e o índice final do mês gira em torno da casa de 0,40%, com importante participação
da desaceleração dos preços dos alimentos.
Antes do IPCA-15, porém, são aguardados os anúncios de outros quatro indicadores de inflação,
dois relacionados ao varejo e dois com maior peso do atacado. Tudo começa já na segunda-feira, quando a Fundação
Getúlio Vargas (FGV) trará ao público o Índice Geral de Preços - Versão 10 (IGP-10)
de agosto e o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) da segunda quadrissemana do mesmo mês. Para
o primeiro, o mercado prevê uma forte desaceleração, motivada pelo comportamento dos preços agropecuários
do atacado, em relação à assustadora taxa de 2,00% de julho. Para o segundo, há uma expectativa
de resultado menor ante o índice de 0,69% da segunda quadrissemana de julho. Na primeira quadrissemana de agosto, a
taxa já foi bem mais amena (0,44%).
Na quarta-feira, a FGV divulga a segunda prévia do Índice Geral de Preços ao Mercado (IGP-M) de agosto.
A história tende a ser semelhante à do IGP-10, com uma taxa bem menor que a de 1,79% verificada no segundo decêndio
de julho. No mesmo dia, a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) anunciará o Índice
de Preços ao Consumidor (IPC) da segunda quadrissemana do mês.Para este indicador, que na segunda medição de julho subiu 0,59%, a variação
menor ou até a queda de alguns alimentos deve ajudar, mas é esperado um impacto inflacionário maior do
item Energia Elétrica. Por conta da metodologia da Fipe, somente agora, o índice deve captar de maneira mais
importante os efeitos do reajuste da tarifa ao consumidor autorizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica
(Aneel) à Eletropaulo em julho.
Emprego e setor externo
Fora do campo da inflação, o mercado também olhará a taxa de desemprego de julho, que o IBGE anunciará
na quinta-feira. Na Pesquisa Mensal de Emprego (PME) de junho, a taxa apurada pelo instituto atingiu 7,80% da População
Economicamente Ativa (PEA), mostrando que o mercado de trabalho continua em sintonia com a atividade econômica aquecida
do País.
Na sexta-feira, o Banco Central divulga a Nota do Setor Externo de julho. O documento trará, entre outros detalhes,
os resultados das transações correntes e o total de Investimento Estrangeiro Direto (IED) que ingressou no País
no mês passado. Em junho, houve déficit de US$ 2,596 bilhões nas transações correntes e
o ingresso de US$ 2,718 bilhões de investimentos no Brasil.
Na próxima semana, há também os tradicionais anúncios da manhã de segunda-feira: a pesquisa
Focus do Banco Central, que é divulgada às 8h30 com as previsões das instituições do mercado
financeiro para os principais indicadores macroeconômicos; e a parcial da balança comercial do mês, que
o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) trará ao público
a partir das 11 horas.
Fonte: Jornal o Estado do Paraná.