O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta
segunda-feira (21), em seu programa de rádio “Café com o presidente”, que não pretende aumentar
impostos no país, mas quer intensificar a eficiência da arrecadação. “Tem muita gente que não paga imposto e ainda se queixa que o imposto
é alto. O que nós queremos é que todos paguem porque, quando todos pagarem, aí todos podem pagar
menos”, afirmou. No início do ano, o governo
anunciou o aumento das alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e da Contribuição
Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) para compensar parte da perda de R$ 40 bilhões na arrecadação
com o fim da CPMF. Lula destacou o aumento da arrecadação
em 2007 sem a criação de novos impostos. Segundo o presidente, isso aconteceu por causa do crescimento da economia.
“Se você pegar o balanço das cem maiores empresas brasileiras, você irá perceber que elas
lucraram como jamais lucraram na história desse país”, afirmou. Segundo Lula, o aumento salarial, o combate à sonegação, a abertura do capital
de empresas no mercado de ações, a intensificação no controle de declarações e a
criação da Super Receita colaboraram para que a arrecadação aumentasse sem que houvesse majoração
nos impostos. O presidente afirmou ainda que o crescimento
da economia significa mais investimentos por parte do governo. “Nós , que em 93 anos, fizemos apenas 140 escolas
técnicas e profissionais, vamos fazer mais 214 até dezembro de 2010”, disse, afirmando ainda que 13 novas
universidades federais serão terminadas até o fim deste ano. Outro ponto destacado pelo presidente no programa foi a média de criação de empregos
com carteira assinada, no Brasil, em 2007, que, segundo ele, foi de 134 mil a cada mês. De acordo com o presidente,
durante todo o ano, foram gerados 1 milhão 617 mil novos postos de trabalho, o que, segundo ele, representa um crescimento
de 31,6% em relação a 2006. O número,
afirma Lula, foi recorde desde a criação do Cadastro Geral de Empregados e Desempregos (Caged). O setor campeão
na geração de empregos foi o de serviços, que criou 587 mil novos postos. Mas Lula destacou o crescimento
na área da Construção Civil, de 13%. Segundo presidente, as mudanças feitas na legislação
e a facilitação do crédito, permitindo que bancos privados financiassem casas ajudaram na conquista.
“Eu estou convencido de que, daqui pra frente,
o setor da Construção Civil, que passou mais de 25 anos sem crescer, não vai parar de crescer nos próximos
15 ou 20 anos”, explicou Lula, que comemorou o fato de que houve crescimento na geração de postos de trabalho
em todo o país, com destaque para as regiões Nordeste e Sudeste.
Fonte:Fiep-Pr