A Matte Leão, marca líder
no mercado brasileiro de chás em todos os segmentos, em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa
do Estado (FAPESP), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Sistema Federação
das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), a Universidade da Indústria (Unindus) e Universidade Federal
do Paraná (UFPR), nesta quinta-feira (29/11), no Cietep, o 1º Seminário sobre Bioativos da Erva-Mate. O
objetivo do evento foi incentivar a realização de pesquisas científicas com foco nos benefícios
da erva-mate à saúde.
O seminário abordou os resultados dos atuais estudos sobre a erva-mate
desenvolvidos nas universidades de Touro, nos Estados Unidos e também na USP, Universidade Federal de Santa Catarina
e Universidade São Francisco. Os especialistas convidados para o evento falaram sobre a capacidade do mate em reduzir
o mau colesterol, de suas propriedades antioxidantes e da possível ação antiinflamatória da planta.
Conforme explicou uma das palestrantes, a engenheira de alimentos e professora do Departamento de Nutrição da
USP, Déborah Helena Markowicz Bastos, o chá de mate contém compostos com atividade antioxidante como
os polifenóis. Para saber se estes compostos são absorvidos pelo organismo e se podem efetivamente atuar como
antioxidantes em determinados tecidos, combatendo os processos degenerativos, é preciso fazer estudos ex vivo, ou seja,
com voluntários humanos. "Isso pode ser feito porque o chá mate é uma bebida tradicionalmente consumida
e comprovadamente segura, que não apresenta efeitos tóxicos ou indesejáveis quando consumida normalmente",
complementa a especialista.
A engenheira de alimentos destaca que em humanos o chá de mate, além
de promover hidratação, e de auxiliar no combate ao estresse oxidativo (das células), ainda contribui
na ingestão diária de minerais pois o produto apresenta teores consideráveis de cálcio, fósforo
e potássio e tem baixo teor de sódio.
Já os estudos do professor da Universidade de Santa Catarina, Edson Luiz
da Silva, revelaram que a erva-mate pode auxiliar na redução do mau colesterol (LDL) e contribuir para o aumento
do bom colesterol (HDL), fator importante para diminuir a incidência de doenças coronarianas. A experiência
foi realizada com voluntários que durante 40 dias ingeriram a erva-mate tostada em forma de chá e a erva-mate
verde preparada como chimarrão.
Outros dois pesquisadores também comprovaram os efeitos benéficos
da erva-mate. O professor da Universidade São Francisco e especialista em nutrigenômica (nutrição
celular), Marcelo Lima Ribeiro, em estudos feitos com cobaias, verificou que a erva-mate auxilia no processo de emagrecimento
queimando gorduras. E mais, ele constatou ainda que a ingestão regular do mate na forma de chá também
protege o rim, fígado e bexiga.
Os resultados apresentados pelo professor da Universidade de Touro (EUA, Califórnia),
Alejandro Gugliucci, apontam para a mesma direção. Gugliucci foi um dos primeiros a realizar experiência
com erva-mate para verificar suas propriedades terapêuticas e confirma: "A erva-mate apresenta grande teor de flavonóides,
auxilia na redução do colesterol e é auxiliar no tratamento da diabetes pois reduz os níveis de
açúcar no sangue", complementou.
O seminário também
trouxe muitas informações úteis para empresários da indústria do mate. Leandro Gheno,
presidente do Sindicato da Indústria do Mate no Estado do Paraná (Sindimate), afirmou que eventos como estes
ajudam o setor a se atualizar. "O Sindimate não desenvolve pesquisas, mas dá suporte para as empresas sindicalizadas
desenvolverem esses estudos. Hoje, nossas empresas têm parceria com universidades paranaenses nesta área de pesquisa,
como a UFPR", informou.
Gheno disse ainda que o sindicato é um grande centralizador
de informações e busca orientar as empresas sobre as possibilidades de expansão do mercado do mate. "Neste
evento, por exemplo, cerca de 70% do público presente são de contatos feitos pelo sindicato com as empresas.
E ações como este Seminário, servem para aumentar ainda mais a capacidade de orientação
dos sindicatos para com as empresas, gerando expansão e fortalecimento do setor", concluiu.
Fonte: Unindus