A sociedade nunca pagou tanto em impostos e contribuições federais como no primeiro semestre deste ano.
De acordo com a Receita Federal do Brasil, a arrecadação somou, entre janeiro e junho, R$ 282,433 bilhões, incluindo as contribuições
previdenciárias. Levando em conta a inflação do período, o valor chega a R$ 284,522 bilhões, valor 10,02% superior ao registrado
no mesmo período do ano passado. Sem levar em conta a receita previdenciária, o Imposto de Renda e a Cofins (Contribuição
para o Financiamento da Seguridade Social) são os tributos mais representativos em volume, R$ 78,097 bilhões e R$ 48,387 bilhões,
respectivamente, crescimento de 11,45% e 6,85%.
De acordo com a Receita, o crescimento deve-se principalmente a maior arrecadação das pessoas jurídicas
no primeiro trimestre, depósitos administrativos e judiciais e da retomada do recolhimento por parte das instituições financeiras.
No caso da pessoa física, o aumento na arrecadação do IR ocorreu principalmente no item referente ao ganho de capital na venda
de bens. No caso da Cofins, o aumento foi conseqüência, principalmente, da fabricação de veículos e do comércio.
Outro destaque da arrecadação no semestre é o recolhimento do Imposto de Importação e do IPI (Imposto
sobre Produtos Industrializados) vinculados às importações. Eles cresceram, respectivamente, 17,45% e 21,4%.
O IPI de automóveis apresentou uma elevação de 10,14% e o incidente sobre os demais produtos, 15,96%.
Receitas previdenciárias - Já as contribuições previdenciárias somaram R$ 70,160 bilhões, valor 11,46% superior ao do mesmo
período do ano passado. No mês passado, o recolhimento de impostos e contribuições soma R$ 49,079 bilhões, valor recorde para
meses de junho. O crescimento real (já descontada a inflação) é de 5,93% em relação a junho de 2006. Em 2006, a
arrecadação foi de R$ 541,055 bilhões (já corrigido pela inflação), o maior valor já registrado. Todos os meses foram recordes
em relação aos mesmos meses de anos anteriores.
Fonte: Retec - PR