Considerando-se a divisão por gênero, no Brasil os homens empreendem mais que as mulheres, com
a presença de oito milhões de empreendedores iniciais. No plano internacional, o Brasil ocupa o 12º lugar no empreendedorismo
masculino, com taxa de 13,74%. O Peru ocupa o 1º lugar com (41,02%), seguido da Colômbia (27,97%), Jamaica (22,58), Indonésia
(19,84%) e China (18,46%).
Relativamente aos principais setores em que os empreendedores brasileiros têm investido, não
houve muita diferença com relação aos anos anteriores. De acordo com a coordenadora técnica do grupo GEM Brasil, Simara Greco,
a maioria dos empreendedores brasileiros inicia negócios oferecendo serviços voltados ao consumidor final. "A maior concentração
está no comércio varejista (30%), seguido de atividades relacionadas à alimentação, vestuário e serviços de estética (13%).
Pouco mais de 20% dedicam-se a atividades da indústria de transformação e construção civil", explica.
Não importa se é empreendedora ou empreendedor: no mundo dos negócios, ambos convivem diariamente
com a 'concorrência'. Sobre esse aspecto, o estudo GEM demonstra que a maioria dos empreendedores desempenha atividades em
setores de alta concorrência, independentemente do estágio do seu negócio. Dos 13,7 milhões de empreendedores iniciais, 62%
sofrem alta concorrência. Os outros 38% dos empreendimentos enquadram-se em baixa concorrência.
Quanto aos 14,2 milhões de empreendedores estabelecidos, a situação é mais grave ainda, pois
80% deles enfrentam alta concorrência, contra 20% dos que atuam em baixa concorrência.
Esse quadro deve-se ao fato de praticamente a totalidade dos empreendedores procurar atividades
preexistentes, com vários concorrentes, o que tende a influenciar as possibilidades de sucesso e sobrevivência de um empreendimento.
Há que se levar isso em consideração quando se pensa em estratégias para reduzir a taxa de mortalidade dos negócios no Brasil.
Programas que prospectem atividades em crescimento e com menos concorrência podem representar sobrevida aos negócios.
Em termos proporcionais, a maioria dos que atuam em setores de alta concorrência é composta por
empreendedores estabelecidos (55,6%) e é motivada por necessidade (54,7%), diferentemente daqueles que estão em setores de
baixa concorrência, que são empreendedores iniciais (58,4%), em geral motivados por oportunidade (61%).
Fonte: Retec - PR