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08/10/2013

Acordo de teles foi alívio para o governo

Fusão teve apoio do Planalto, que incentivou criação da Oi em 2007, mas estava preocupado com futuro da empresa

Expectativa é que a Portugal Telecom, embora pequena, tenha tecnologia para impulsionar a parceira

O governo não só deu apoio à fusão da Oi com a Portugal Telecom como ficou aliviado com a celebração da união entre as duas empresas.

Segundo a Folha apurou, havia grande preocupação com o futuro da companhia brasileira e dúvidas sobre a capacidade de caixa da Oi no médio prazo.

Antes do aval federal, foram acertados dois compromissos com o Executivo.

O primeiro é uma capitalização na empresa por meio de oferta pública de ações (o patamar mínimo é de R$ 7 bilhões, mas o alvo é de R$ 8 bilhões) para ampliar investimento em infraestrutura.

O segundo é a redução de seus dividendos anuais a acionistas para R$ 500 milhões --como, de fato, ocorreu em agosto após a Oi perder R$ 124 milhões no segundo trimestre deste ano.

Há cerca de dois meses, a cúpula do governo Dilma foi procurada para tratar da fusão. Na ocasião, executivos da Oi pediram que o BNDES entrasse no negócio, mas a proposta foi prontamente recusada pela presidente.

Internamente, havia o temor de repetir erros cometidos em 2008, na união da Oi e Brasil Telecom para criar uma "supertele" brasileira. O problema é que a operação, apesar de privada, foi viabilizada majoritariamente com recursos públicos, incluindo financiamento do BNDES e de fundos de pensão estatais.

O negócio contou ainda com empurrão do então presidente Lula, que autorizou mudança na legislação para viabilizar a criação da gigante nacional. Mas o negócio acabou trazendo prejuízos.

Da futura multinacional, o governo federal espera um enxugamento na estrutura da Oi, considerada muito "inchada", além da implantação de uma política mais austera de gestão da empresa, sinalizada pela redução dos dividendos e por mais transparência em suas decisões.

Para o Ministério das Comunicações, a Portugal Telecom é uma empresa pequena, mas detém tecnologia para impulsionar a brasileira.

A Oi ocupa o quarto lugar no mercado de telefonia móvel no país e tem a tarefa de cobrir o Brasil todo nas operações de telefonia fixa.

O endividamento da tele e as multas impostas pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) por falhas no serviço sempre preocuparam o Planalto, que acompanhou, de perto, detalhes da negociação.

Durante todo o processo, os dois principais interlocutores do governo foram Zeinal Bava (atual presidente da Oi e que vai comandar a CorpCo) e Otávio Azevedo, presidente do conselho de administração da Telemar Participações, controladora da Oi.

Em sinal da sintonia com Brasília, Azevedo se encarregou de avisar o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, na terça-feira de que o fato relevante oficializando a fusão seria divulgado na manhã de ontem.

Fonte: Folha de S. Paulo

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