Após a conclusão do negócio, prevista para o início do ano que vem, a PT terá 38% da nova empresa, a CorpCo
Antecipada pela Folha em junho, a fusão é discutida desde que a PT comprou, em 2010, uma fatia da Oi --com o aval do governo Lula.
Apesar de ter tido apoio do então presidente Lula desde sua criação e ter recebido financiamento farto do BNDES e de fundos de pensão estatais, a Oi não conseguiu implementar seu plano de expansão e vinha perdendo patrimônio e valor de mercado.
A operação permitirá a criação de uma multinacional com sede no Brasil e mais de 100 milhões de clientes em países de língua portuguesa.
As marcas serão mantidas nos dois países.
CONTROLE
Não está claro, porém, como ficará o controle do negócio. Após a conclusão, prevista para o primeiro semestre de 2014, a PT será a maior sócia individual da nova companhia, batizada de CorpCo, com 38%; os atuais acionistas brasileiros terão 62%.
Para pavimentar a união, melhorar a situação financeira e ganhar clientes, o presidente da PT, Zeinal Bava, assumiu a Oi em abril.
Uma das primeiras medidas foi cortar os dividendos pagos aos acionistas, que era de R$ 1 bilhão neste ano, para R$ 500 milhões.
A Oi espera agora concretizar seu objetivo inicial de ganhar mercado e aumentar seu fluxo de caixa.
Para o JPMorgan, o endividamento seguirá elevado, apesar do aumento de capital. Já o analista Thomas Chang, da corretora UM, diz que o negócio é positivo, mas questiona quando os R$ 5,5 bilhões prometidos de redução de despesas serão incorporados. A aposta dele é que boa parte será no curto prazo.
O mercado reagiu bem. As ações da Oi subiram 6,16% (PN) e 4,70% (ON), as maiores altas da Bovespa.
Fonte: Folha de S. Paulo
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