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08/10/2013

Paraná mantém liderança entre as 500 maiores empresas do Sul

Pela segunda vez nos últimos três anos, as empresas do estado são campeãs em resultados no levantamento da revista Amanhã e da consultoria PwC

Apesar do cenário econômico desfavorável em 2012, as empresas paranaenses lideraram o ranking das 500 maiores da Região Sul, feito pela revista Amanhã e pela consultoria PwC, no ano passado. Foi o segundo ano em que as companhias do Paraná foram campeãs em patrimônio líquido, faturamento e lucro, os três quesitos que compõem o Valor Ponderado de Grandeza (VPG), principal critério para classificação das empresas no ranking. Somado, o VPG das empresas paranaenses ficou em R$ 128,8 bilhões – um avanço de 16% sobre o resultado de 2011.

Empresas

Confira a lista das líderes

• A maior (por VPG): Vivo

• Maior receita bruta: Vivo 

• Maior crescimento de receita: Jatobá– Agricultura e Pecuária 

• Maior patrimônio líquido: Copel e Controladas

• Maior lucro líquido: Vivo 

• Maior rentabilidade sobre a receita: Inepar

• Maior rentabilidade de patrimônio: Itaipu Binacional

• Maior liquidez: Agência Fomento Paraná

• Maior capital de giro próprio: HSBC Bank Brasil 

• Menor endividamento: Agência Fomento Paraná

Mesmo com o menor número de empresas no ranking, o desempenho do Paraná foi superior ao alcançado pelos demais estados do Sul em 2012. A receita bruta das 175 empresas paranaenses listadas na pesquisa somou R$ 198,2 bilhões, contra R$ 169,1 bilhões das 201 companhias gaúchas e R$ 142 bilhões das 124 catarinenses. As companhias do Paraná também acumularam o menor prejuízo no período – 0,5% dos ativos. Das 175 empresas paranaenses, 79 estão sediadas na Grande Curitiba.

Na comparação com as vizinhas catarinenses e gaúchas, as empresas do Paraná foram as únicas a registrar crescimento dos lucros, que somaram R$ 16,2 bilhões em 2012 – quase o dobro do lucro das empresas do Rio Grande do Sul (R$ 8,8 bilhões) e quase três vezes o resultado das companhias de Santa Catarina R$ 5,7 bilhões. Nesse mesmo período, a receita bruta das 100 maiores do Paraná avançou 17% para R$ 187,9 bilhões.

“Enquanto Santa Cata­rina vem crescendo em número de empresas, representatividade de vendas e patrimônio líquido, o Rio Grande do Sul está perdendo espaço em patrimônio, representatividade e faturamento. Talvez a distância logística ajude a explicar essa perda de força dos gaúchos”, Carlos Peres, sócio responsável pela PwC no Paraná e em Santa Catarina.

A hegemonia do Paraná só não foi completa porque as empresas do estado ficaram em segundo lugar no índice de endividamento – com 53,8% dos seus ativos totais comprometidos – e na última posição no quesito rentabilidade sobre a receita (3,9%), cujo domínio foi das empresas de Santa Catarina (7,9%) – o estado com o maior volume de dívidas, 55,2%.

O avanço do endividamento das empresas paranaenses – de 52,2% em 2011 para 53,8% em 2012 – pode ser um indicativo de que as companhias do estado aumentaram seus investimentos, diz Peres. Mas, embora estejam vendendo mais, as empresas do estado viram sua rentabilidade cair de 10,4% em 2011 para 3,9% em 2012. “As empresas paranaenses podem estar privilegiando o crescimento da receita e a manutenção de mercado, em detrimento da margem. O que é certo é que elas estão bastante competitivas”, diz.

Não houve alteração nas seis primeiras posições do ranking paranaense. A Vivo, com sede em Londrina, se manteve em primeiro lugar, seguida pelo HSBC, Copel, Renault, Klabin e GVT. A Coamo desbancou a ALL e assumiu a sétima posição. Inepar e Itaipu Binacional completam a lista.

Estado criou ambiente favorável aos negócios

Existe um conjunto de indicadores de outras instituições que explicam o descolamento da economia paranaense em relação aos demais estados do Sul, segundo Gilmar Mendes Lourenço, diretor-presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes). Entre eles, Lourenço cita o avanço de 2,2% no emprego industrial no Paraná em 2012 (frente ao recuo de 1,4% da média nacional) e o crescimento de 8,5% das vendas no varejo, diante de 5% da média brasileira.

“Temos mecanismos de defesa bastante ativos na economia do estado que propiciam um ambiente de negócios favorável. O primeiro deles é, sem dúvida, o agronegócio. Apesar da quebra de safra, o preço das commodities bateu recorde em 2012”, explica. Ele destaca também a atração de R$ 25 bilhões em novos projetos privados nos últimos três anos e o aquecimento do mercado de trabalho no estado. “Entre 2003 e 2010, 68% dos empregos da indústria foram gerados no interior”, afirma Lourenço, ressaltando a importância do movimento de interiorização dos investimentos.

clique para ampliar>clique para ampliarHegemonia Paranaense (Foto: Revista Amanhã/PwC)

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