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Hermes Tadeu Zapelini - 06/02/2013

É possível vitalizar a indústria?

Presidente COFECON , Edição 12/2012

As estimativas para o crescimento econômico brasileiro em 2012, não ocorreram. Foram minguando na medida em que se conheciam os números trimestrais. O PIB previsto para o ano era para ser maior que quatro por cento. Tudo indica que ficará em torno de um por cento. Os números para 2013 são corrigidos para menos, sempre que vão se revelando os resultados do ano de 2012. O setor industrial que, ao crescer, desdobra-se em múltiplas atividades nos demais setores econômicos, desacelera-se. O Brasil não pode conviver com taxas tão medíocres. Precisamos crescer as taxas, no mínimo, ao nível das economias latino-americanas; melhor seria ao de países emergentes. Por que o Brasil não cresce? A taxa de juros caiu. O Real desvalorizou-se. A tarifa da energia tende a diminuir. Ampliou-se a desoneração da folha salarial em mais setores. Abriram-se portas de concessão de serviços públicos ao empresariado do setor privado. Barreiras protecionistas foram alargadas. Houve redução de impostos em produtos de indústria de efeitos multiplicadores. Recursos financeiros estão disponíveis para investimentos de longo prazo. Evidentemente há mais por  fazer. Para tornar a indústria brasileira mais competitiva há que colocar seus produtos no mercado mundial, numa abertura mais ampla. Aí começa o drama. A logística do transporte necessita não só de uma adequação mais racional como de pesados investimentos para operá-la. Há necessidade de maior produtividade e eficiência dos gastos públicos em educação; menor carga tributária com compromisso governamental de mantê-la, a longo prazo; forte estímulo à substituição tecnológica dos bens de capital; etc. Enfim, para participar do mercado, há que se repensar o inexistente modelo de industrialização. Ser competitivo neste mundo globalizado requer um setor industrial resultante de uma planejada política industrial de longo prazo. Certo é que a maturação de alguns investimentos exigem tempo. Isto não é tudo. Neste receituário há um ingredientevital que tem que estar presente: a confiança. Nenhum homem de negócios arrisca-se a investir, no setor real, sem regras explícitas e mostras de que são duradouras. O macroambiente interno e externo não garantem sucesso, mas criam condições necessárias à concorrência. O governo tem que sinalizar ser o garantidor dos contratos, acordos e compromissos. É fundamental escolher parceiros internacionais de tradição, não a um mercado de virtudes, mas com aqueles ue mostrem lealdade e sensatez nas regras e acordos pactuados. Quem sabe olhando mais para o Pacífico, onde sopram os ventos do crescimento e menos para o Mercosul, mais carregado de ideologia do que de liberdade comercial. Afinal, em um mar conjuntural de tantas incertezas, o investidor de longo prazo só se move se acreditar que transita num ambiente estável de negócios. 

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