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24/01/2013

Sindicato aceita redução de piso salarial para evitar demissões na GM

    O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos aceitou negociar com a General Motors (GM) alguns pontos do acordo trabalhista de 2008, como o de uma nova grade salarial que reduziria o piso inicial de R$ 3.100 para R$ 1.840. O valor, segundo a GM, ainda é maior que o piso médio da categoria, de R$ 1.715,  adotado em outras fábricas da GM no país e também pela concorrência.

A negociação final entre as duas partes foi transferida para o próximo sábado, dia 26, prazo em que também termina o período de “lay-off” (suspensão temporária do contrato de trabalho) de 780 metalúrgicos do setor de MVA (Montagem de Veículos Automotivos), onde é produzido o modelo Classic. 

A posição dos metalúrgicos sobre a questão do piso salarial, na opinião do diretor de Relações Institucionais da GM, Luiz Moan, representa um avanço positivo, mas não muda a decisão da montadora, pois são absolutamente insuficientes para devolver a competitividade do complexo industrial de São José dos Campos. 
“De qualquer forma, temos a intenção de encerrar as negociações com o Sindicato neste sábado, mas com o objetivo de buscar uma solução que minimize ao máximo os impactos negativos para o complexo de São José”, disse Moan durante coletiva de imprensa realizada hoje, na sede do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), em São José. 
No encontro desta quarta-feira, que contou com a intermediação do secretário-executivo de Relações do Trabalho, do Ministério do Trabalho e Emprego, Manoel Messias Nascimento Melo, o Sindicato também aceitou o prolongamento da jornada de trabalho em duas horas por dia, em caso de necessidade, mas desde que a empresa avise com uma antecedência de sete dias.
 
Outro ponto apresentado pelo Sindicato à GM, diz respeito ao trabalho aos sábados. Segundo o presidente do Sindicato, Antônio Ferreira de Barros, o Macapá, a entidade aceita a realização de trabalhos em sábados alternados e também a renovação do acordo que permite o trabalho aos domingos, desde que o funcionário receba hora extra e haja um dia de folga durante a semana. Em contrapartida, o Sindicato pediu à GM que analise a possibilidade de prorrogação do período de “lay-off” de 780 funcionários, na forma de licença remunerada, até que novos investimentos por parte da GM permitam o retorno desses funcionários às atividades normais.
“É importante destacar que todas as propostas feitas pelo Sindicato estão condicionadas a um acordo com a GM que garanta a manutenção dos atuais postos de trabalho, estabilidade no emprego e novos investimentos para a planta de São José”, afirmou Macapá. 
O diretor da GM disse que a empresa está aberta para fazer o melhor acordo possível, mas desde que isso não implique em um custo adicional para a montadora. O executivo cita como exemplo o custo que a GM tem com o pagamento de hora extra no horário do transporte dos funcionários. “A GM oferece transporte para os seus funcionários, mas esse benefício não pode ser transformado em custo adicional para a empresa”. 
O diretor voltou a afirmar que o custo de produção e de mão de obra do complexo de São José é o mais alto da montadora no país. “Gostaríamos de reverter essa situação para que São José novamente passe a fazer parte do nosso plano de investimentos no país”, ressaltou.
   

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