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Setor de máquinas tem queda de 6% da receita em maio, segundo Abimaq

Publicado em 28/06/2018

Maior parte desse pior desempenho se deveu ao impacto da greve dos caminhoneiros durante quase duas semanas em maio

Fonte: Valor Econômico

O setor de bens de capital metalmecânicos apurou receita líquida total de R$ 5,8 bilhões durante maio, informou em 26 de junho, a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ). Essa cifra representou queda de 6,2% sobre o mesmo mês do ano passado e de 3,1% ante abril.

A entidade mostrou que a maior parte desse pior desempenho se deveu ao impacto da greve dos caminhoneiros durante quase duas semanas no mês passado. "As paralisações que afetaram os últimos dez dias de maio prejudicaram o desempenho da atividade e principalmente das exportações das fabricantes e máquinas e equipamentos", disse a ABIMAQ. "Por conta disso, o mês de maio contrariou o efeito sazonal do setor."

Os embarques, de US$ 519,7 milhões, encolheram 26,4% em comparação anual e 39,7% de um mês para o outro. No mercado interno, a receita líquida totalizou R$ 3,91 bilhões em maio, 2,4% acima de igual período de 2017 e aumento de 29% em relação a abril. O consumo aparente - produção interna líquida das exportações e acrescida das importações - manteve a toada de recuperação e chegou a R$ 8,4 bilhões, crescimento de 15% em comparação anual e de 3,4% perante o mês anterior.

As importações atingiram US$ 1,08 bilhão, avanço de 18,6% e queda de 16,9%, respectivamente. No caso do consumo aparente, a associação lembra que boa parte do crescimento tem vindo das importações. Há dez anos, o mercado brasileiro era dominado em 60% por empresas instaladas aqui. Atualmente, a importação se tornou predominante e essa proporção recuou para 40%.

Por isso, a carteira de pedidos do setor no Brasil cai mês a mês. Em maio, terminou com dois meses de entrega -- pior nível da história. A associação informou também que o número de postos de trabalho terminou o mês passado em 294.647 pessoas, 0,3% a menos do que em abril, mas com crescimento de 1,1% sobre maio de 2017. Ao exteriorEscoar a produção para mercados estrangeiros tem sido há um bom tempo a solução das fabricantes para evitar a ociosidade de seu parque industrial.

Ajudado pela exportação, o setor terminou maio com uso de capacidade de 74,9%, dando seguimento à recuperação após tocar os 60% em 2016.Para o presidente do Conselho de Administração da ABIMAQ, João Carlos Marchesan, fortalecimento recente do dólar ajuda nesse processo. Ele crê que um nível próximo a R$ 3,70 é ideal para garantir competitividade à indústria sem ameaçar consideravelmente a inflação de custos com insumos mais caros. Os lotes de exportação travados nos portos depois da greve de caminhoneiros devem ser praticamente todos liberados durante este mês, o que traria crescimento às vendas para o exterior durante junho, na comparação anual, segundo a ABIMAQ.

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