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Neoenergia prevê investir R$ 5,75 bi até o fim de 2016

Publicado em 16/03/2015

Controlada pela espanhola Iberdrola, empresa conta com crédito pré-aprovado de R$ 3,5 bi no BNDES.

O cenário adverso do setor elétrico não afetou o plano de investimentos da Neoenergia, grupo controlado pela espanhola Iberdrola (39%), a Previ (49,01%) e o Banco do Brasil (11,99%), que prevê desembolsos de R$ 5,75 bilhões no biênio 2015/2016. Para isso, a companhia conta com crédito pré-aprovado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no valor de R$ 3,5 bilhões, para investimentos em distribuição até 2018. E os aportes em geração contarão com os modelos de financiamento de projetos específicos do banco estatal.

Neste ano, quando estão previstos investimentos de R$ 3,1 bilhões, a maior parte dos desembolsos (R$ 1,7 bilhão) será para as obras das hidrelétricas em que a companhia tem participação, entre elas Belo Monte, no Pará, onde o grupo possui 10%. Considerando as obras de usinas em andamento, a capacidade instalada da Neoenergia deverá saltar dos atuais 1,6 mil megawatts (MW) para 4 mil MW em 2019.

Para 2016, a situação se inverte e os investimentos deverão se concentrar em distribuição, que receberá R$ 1,93 bilhão dos R$ 2,65 bilhões previstos para o período. Os recursos serão voltados principalmente para expansão e modernização da rede elétrica e para a melhoria da qualidade de serviço.

“A distribuidora é o grande esteio do setor. Se a distribuidora vai mal, o resto vai mal. Na distribuição, ao contrário de outras áreas, você não pode parar de investir”, disse a presidente da Neoenergia, Solange Ribeiro, em sua primeira entrevista desde que assumiu o cargo, em setembro de 2012.

A executiva elogiou o aumento da taxa de remuneração aprovada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para o quarto ciclo de revisões tarifárias, passando de 7,56% para 8,09%. “Estou mais otimista de como vai acontecer esse ciclo do que o anterior”, afirmou ela.

Solange também aprovou a postura do governo e da autarquia de repassarem para a tarifa o real custo da energia no país. “Quando a tarifa reflete o custo, ela dá um sinal econômico correto para o consumo”, completou.

Devido ao cenário crítico do setor, em 2014, a Neoenergia utilizou cerca de R$ 800 milhões para a compra de energia, devido à exposição involuntária ao mercado de curto prazo, fechando o ano com caixa pouco acima de R$ 1 bilhão. A empresa recompôs o caixa no primeiro trimestre, chegando próximo do patamar de R$ 2 bilhões.

As três distribuidoras da Neoenergia – Coelba, na Bahia; Celpe, em Pernambuco; e Cosern, no Rio Grande do Norte – respondem por cerca de 80% do Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) do grupo. Com 10,3 milhões de clientes nos três Estados, ela é o maior grupo privado do país em unidades consumidoras e é responsável por 45% da energia distribuída no Nordeste.

Com mercado concentrado no Nordeste, onde há uma demanda reprimida por energia muito grande, a Neoenergia prevê que o consumo na área de suas distribuidoras crescerá em 2015, apesar do aumento das tarifas e da desaceleração da atividade econômica do país. “É um mercado que a demanda média é muito baixa ainda. Tem um potencial de crescimento muito grande”, disse Solange.

Em geração, a atenção está voltada principalmente para as obras de Teles Pires (MT), Belo Monte (PA) e Baixo Iguaçu (PR). Com relação à Teles Pires, as duas primeiras das cinco máquinas da hidrelétrica já estão em operação. A usina, no entanto, não fornece energia para o sistema porque a linha de transmissão não foi concluída. A Neoenergia tem 50,1% do empreendimento, de 1,82 mil MW. Os demais sócios são as estatais Furnas e Eletrosul, com 24,5% cada.

Por ter uma participação menor em Belo Monte, a companhia não fala pelo empreendimento. Mas a expectativa do consórcio Norte Energia, responsável pela obra, é colocar em operação comercial em novembro a primeira máquina do sítio pimental, que integra o empreendimento, de 11,233 mil MW.

Já a hidrelétrica Baixo Iguaçu (PR), de 350 MW, recebeu na quarta-feira o sinal verde do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) para continuar a construção. A Neoenergia tem 70% do projeto. Os 30% restantes pertencem à Copel.

A Neoenergia planeja disputar leilões de energia eólica e solar este ano. A companhia possui 16 projetos eólicos, em construção e em operação por meio de joint-venture com a Iberdrola, em que cada sócia tem 50%. O grupo ainda tem planos de dobrar a capacidade da térmica, de 532 MW, a gás natural, próximo ao porto de Suape.

Fonte: CIMM

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