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Mestrado: foco na pesquisa ou no mercado de trabalho?

Publicado em 16/09/2014

Modalidade de ensino voltada à atividade profissional oferece aos mestrandos a oportunidade de aplicar os conhecimentos no dia a dia

Poder ampliar os conhecimentos e aplicar um estudo no setor em que atua profissionalmente foi o que motivou o arquiteto Lair Schweig a cursar um mestrado profissional há sete anos. Sem interesse na área acadêmica, a opção oferecida pela Universidade de Sevilha, na Espanha, pareceu um bom negócio. “Acabo utilizando os conhecimentos que eu tive nos meus projetos. A experiência abre os horizontes e a partir daí você vai buscando outros conhecimentos”, diz Schweig. Em 2007, quando viajou, o arquiteto não tinha conhecimento de mestrados profissionais oferecidos no país.

Embora esta modalidade tenha sido criada em 1998 pela Coordenação Pessoal de Aperfeiçoamento de Nível Superior (Capes), foi regulamentada apenas em 2009. Atualmente, existem no Brasil 3.157 cursos de mestrado acadêmico contra 572 de mestrado profissional reconhecidos pela Capes. A opção surgiu para atender à demanda de qualificação profissional diferente da propiciada pelo mestrado acadêmico.

“O maior uso de tempo dos estudantes e professores do programa profissional é para a realização da pesquisa individual aplicada, e não para a sala de aula”, explica o pró-reitor de pesquisa da catarinense UniSociesc, Edgar Augusto Lanzer. Devido a essa ênfase, o trabalho de conclusão final não precisa ser, necessariamente, uma dissertação. Pode ser um projeto prático como a produção de um manual de operação técnica, protótipos para desenvolvimento ou produção de instrumentos e equipamentos.

Objetivos

A escolha do profissional sobre qual pós-graduação cursar depende de seus anseios e objetivos para a carreira. Mas, segundo o pró-reitor de Pós-graduação, Pesquisa e Extensão da Estácio de Sá em Florianópolis (SC), Jorge Elias Dalzan, há dois bons momentos para se fazer um curso: quando o profissional finaliza a graduação e percebe que não está pronto para o mercado e quando já trabalha e quer complementar a sua habilidade.

Pesquisa - Preparo que se reflete na sala de aula

Adriana Czelusniak

Marcos Alede Nunes Davel, professor de língua inglesa/portuguesa da rede municipal de ensino de Curitiba, foi buscar em um mestrado profissional uma forma de desenvolver novas estratégias e metodologias para melhorar o trabalho em sala de aula. Ele cursou uma pós-graduação em 2012 e já tinha planos de fazer o mestrado. Mesmo sem saber bem a diferença entre as modalidades, resolveu arriscar. Inscreveu-se no ano passado.

Uma das preocupações de Davel era que o mestrado acadêmico fosse muito teórico. “Eu sempre quis o contrário disso, pois minha preocupação era diretamente ligada ao meu trabalho em sala, na escola. Está sendo muito importante cursar o mestrado profissional, pois neste programa nós temos a conjugação da teoria com a prática. Nós temos a intenção de ser a concretização dessa união, pois todos os alunos são professores com experiência de sala de aula na educação básica, preocupados com questões relacionadas a isso.”

As pesquisas também são aplicadas na realidade de cada mestrando. “Assim, o mestrado profissional cumpre com os mesmos critérios do mestrado acadêmico, só que com uma peculiaridade, que se concretiza em nossas discussões, em nossas pesquisas, que se voltam para as sutilezas da escola, para aquela realidade que enfrentamos no dia a dia, no ambiente escolar, com todos os desafios que isso implica”, diz Davel.

O professor precisou reduzir 20 horas de trabalho para se dedicar à pesquisa, mas há colegas que conseguiram licença integral para estudar. Como no mestrado tradicional, o programa exige uma dissertação cujas pesquisas intervêm no ambiente escolar.

Fonte: Gazeta do Povo / AGÊNCIA RBS

 

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