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Brasil corre risco de virar país de serviços sem indústria, diz Nakano

Publicado em 24/07/2012

"O Brasil pode caminhar em trajetória parecida com a traçada pela Grécia   em termos de perda de competitividade nos últimos anos se não conseguir resolver  os problemas hoje enfrentados pel ..."

O Brasil pode caminhar em trajetória parecida com a traçada pela Grécia   em termos de perda de competitividade nos últimos anos se não conseguir resolver  os problemas hoje enfrentados pela indústria, segundo avaliação de Yoshiaki  Nakano, diretor da Escola de Economia da Fundação Getúlio Vargas (EESP-FGV).

Para Nakano, "com o dinamismo da demanda doméstica, poderíamos aspirar ser um  país como a Alemanha", mas o país não está seguindo por esse caminho em razão da  taxa de câmbio muito aprecidada.

"Se não reverter o problema [do câmbio apreciado], continuaremos no  processo  da destruição da indústria nacional e viraremos um país como a  Grécia,  prestador de serviços, sem indústria", disse ele.

O atual momento, diz Nakano, é "trágico" para economia brasileira porque o  dinamismo da demanda doméstica, exemplificado pelas vendas no varejo, não está  sendo acompanhado pela indústria nacional, em que a produção se encontra hoje no  mesmo nível que em 2007.

A consequência caso tal cenário seja confirmado, segundo Nakano, é que o  Brasil pode voltar  ter problemas com o setor externo, ao ter crescentes  déficits em conta corrente para financiar o consumo doméstico.

Durante seminário na Fiesp sobre os impactos do câmbio sobre o comércio  internacional, Nakano reforçou o papel central da taxa de câmbio para o setor  produtivo, já que tem o potencial de anular todas as regras de comércio  internacional.

Além disso, diz, é central na economia por ser uma âncora de preços e também  um fator estratégico para o produtor nacional, especialmente no setor de  tradables (produtos comercializáveis entre países).

"O câmbio apreciado penaliza este setor e favorece os serviços, que ficam  protegidos da competição internacional", afirmou.  Para Nakano, o empresário  industrial brasileiro sofreu oito anos de apreciação cambial, o que derrubaram o  ânimo para investir do setor, e por isso as medidas já adotadas pelo governo,  como incentivos fiscais, não tem efeito expressivo sobre o setor.

Fonte: valor

 

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