Tecnologia de compensação volumétrica da Fagor garante usinagem com precisão até 50% maior

Publicado em 11/07/2011

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São diversas as causas que podem fazer com que uma peça tenha defeitos de usinagem. Alguns problemas correspondem as caracteristicas associadas ao projeto, outras com a cinemática das máquinas, com a montagem etc. A melhor maneira de evitar ou minimizar estes erros é realizar um projeto adequado da máquina, mas nem sempre isto é possível ou viável economicamente em máquinas de médio e grande porte, o aumento da rigidez pode ser inviável para além de um limite ou simplesmente ter um alto custo.

Há algum tempo existem recursos de compensação nos CNC's para os erros mais comuns, como os do passo dos fusos, compensação cruzada, entre outros, que podem atendem as necessidades de máquinas de pequeno ou até mesmo de grande porte, onde as exigências das peças usinadas não sejam tão altas.

Já nas indústrias aeronáuticas, as exigências são bem mais elevadas sendo que as ferramentas clássicas de compensação sejam insuficientes, já que não levam em conta a cinemática da máquina e outros efeitos, devido a relação entre eixos.

A solução é a compensação dinânica da usinagem para obter uma máxima precisão, complementando as ferramentas clássicas com ferramentas mais avançadas que se adaptem aos diferentes projetos de máquina com cinemática particular.

Se for adotada uma abordagem em que se baseia nos problemas que um dos eixos da máquina poderia ter, é possível encontrar erros relativos à quadratura dos eixos, erros rotacionais provocados pela torção dos fusos e erros translacionais. Se os estudo for estendido ao conjunto da máquina, seu volume virá representado pelos eixos X, Y, Z. Devido à interação dos eixos, os erros possíveis chegam a 21.

Para solucionar os problemas, a Fagor Automation, em cooperação com a empresa alemã AFM, desenvolveu a tecnologia de compensação volumétrica, em que se considera todos os 21 erros possíveis e os compensa dinamicamente durante o processo de usinagem para obter peças com alta precisão. Graças à aplicação desta tecnologia, é possível obter um aumento da precisão volumétrica de uma máquina de mais de 50%, atingindo as tolerâncias requeridas pelas peças mais exigentes.

A Talleres Aratz, da Espanha, é uma das empresas que já utilizam a tecnologia. A empresa recentemente adquiriu uma máquina com CNC da Fagor, que incorpora a tecnologia de compensação volumétrica. A Talleres Aratz exporta 70% de sua produção para a países como Estados Unidos, Austrália, Noruega e China, entre outros e se dedica à usinagem especial de peças que exigem grande precisão, já fornece para empresas dos setores aeronáuticos (produz ferramentas e protótipos); hidrelétrico (fabricação de turbinas, por exemplo), máquinas especiais e outros. Karlos Balsategui, diretor de produção da Talleres Aratz, afirma: "Em um mercado em expansão como é o aeronáutico, as oportunidades e as exigências caminham de mãos dadas. A experiência de mais de 30 anos da Talleres Aratz em usinagem, combinada com as vantagens que oferece a compensação volumétrica da Fagor, nos permitirá manter nossa competitividade neste setor, tão importante para nós".

(fontes:http://www.ipesi.com.br/login/noticias-mm/view.asp?id=3385, http://pt.automationintheworld.com/2011/05/05/fvc-fagor-volumetric-compensation-2/)