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Publicado em 19/11/2017
Os famosos ônibus de dois andares de Londres começam a rodar nesta segunda-feira (20), experimentalmente, com um biocombustível feito à base de borra de café. A solução sustentável para 200 mil toneladas de borra de café que os moradores da metrópole jogam no lixo, todo ano, foi desenvolvida pela startup Bio-bean, com investimentos da gigante petrolífera Shell, entre outros investidores.
Depois de extrair o óleo combustível, que corresponde de 15 a 20% da borra, a empresa comprime o pó restante e produz pequenos cilindros de “lenha” – pellets combustíveis usados no sistema de aquecimento de prédios e residências da capital inglesa.
“O café está por toda parte nos centros urbanos. Onde quer que circulem pessoas, volumes enormes de borra de café são jogados nos aterros a um tremendo custo econômico e ambiental. Eu simplesmente parti da premissa de que não existe lixo, trata-se apenas de um recurso no lugar errado, não aproveitado”, diz o jovem de 27 anos fundador da empresa Bio-bean, Arthur Kay.
Há três anos, a startup de Kay ganhou o prêmio de R$ 1,5 milhão da prefeitura de Londres para incentivar projetos de baixa emissão de carbono. Desde então, atraiu parceiros como a Shell e implantou a primeira fábrica mundial de reciclagem de resíduos de café, empregando mais de 20 pessoas em um antigo hangar no condado de Cambridge. A unidade tem capacidade instalada para processar 50 mil toneladas de borra por ano. O volume representa apenas 10% da quantidade de café que os ingleses consomem anualmente.
Fonte: Gazeta do Povo
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