Bandeiras tarifárias da conta de luz terão novos valores em 2017
Publicado em 15/02/2017
Valores são revisados a cada ano, de acordo com as variações de custo de energia
FONTE:
www.atribuna.com.br
As bandeiras tarifárias que são aplicadas nas contas de luz terão novos valores neste ano. A bandeira
amarela vai passar de R$ 1,50 para R$ 2 a cada 100 quilowatts/hora (kWh) consumidos. A bandeira vermelha patamar 1 fica inalterada,
em R$ 3 para cada 100 kWh e o valor da bandeira vermelha patamar 2 cairá de R$ 4,50 para R$ 3,50 a cada 100 kWh.
Os novos valores foram aprovados nesta terça-feira (14) pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
A proposta recebeu contribuições por meio de audiência pública. As distribuidoras pleitearam a
criação de novo patamar de bandeira amarela, mas o relator entendeu que a estrutura atual é a mais adequada.
“Além do aspecto econômico, o sistema de bandeiras tarifárias possui caráter educativo,
e é uma forma transparente de comunicar aos consumidores que as condições de geração de
energia elétrica no país estão menos favoráveis, no caso de bandeira amarela, ou mais custosas,
de acordo com o patamar de bandeira vermelha que é acionado”, explicou o diretor José Jurhosa, relator
da proposta.
Os valores das bandeiras tarifárias são revisados a cada ano, de acordo com as variações
de custo de energia. Desde dezembro do ano passado, a bandeira tarifária aplicada nas contas de luz é a verde,
ou seja, sem cobrança extra para os consumidores.
O sistema de bandeiras tarifárias foi criado em 2015 como forma de recompor os gastos extras com a utilização
de energia de usinas termelétricas, que é mais cara do que a energia de hidrelétricas. A cor da bandeira
que é impressa na conta de luz (vermelha, amarela ou verde) indica o custo da energia, em função das
condições de geração de eletricidade. Quando chove menos, por exemplo, os reservatórios
das hidrelétricas ficam mais vazios e é preciso acionar mais termelétricas para garantir o suprimento
de energia no país.
A Aneel também decidiu hoje abrir uma nova audiência pública para para discutir como o aumento do
risco hidrológico deste ano será repassado para as tarifas dos consumidores. A expectativa da Aneel é
que o custo desse risco, que reflete a falta de chuvas e a geração menor de energia pelas hidrelétricas,
e não é coberto com a bandeira tarifária, possa chegar a R$ 5 bilhões neste ano, o que pode
significar um impacto de 2,5% nas tarifas de energia.
Mas, de acordo com a Aneel, esse não será um custo novo para os consumidores, apenas será
aplicado nos reajustes das tarifas deste ano, em vez de entrar apenas no ano que vem, com correção pela taxa
Selic.
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