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Publicado em 13/10/2016
FONTE: Gazeta do Povo
É fato conhecido que o Brasil tem um enorme potencial eólico, mas a notícia que já era boa ficou ainda melhor. Em razão do aumento da altura das torres de geração, a capacidade de produzir energia a partir dos ventos que cortam o país pode ser até seis vezes maior do que o estimado no último grande levantamento nacional, feito há 15 anos.
INFOGRÁFICO: veja a evolução do tamanho das torres eólicas
A explicação é aparentemente simples. Ao aumentar a altura das torres, as máquinas captam ventos com velocidades médias mais altas e constantes, com pouca ou nenhuma turbulência, e são capazes de gerar mais energia. Além disso, o ganho de altura faz com que áreas que antes não ofereciam as condições mínimas para a geração de energia eólica, passem a ser consideradas interessantes para a atividade.
É fato conhecido que o Brasil tem um enorme potencial eólico, mas a notícia que já era boa ficou ainda melhor. Em razão do aumento da altura das torres de geração, a capacidade de produzir energia a partir dos ventos que cortam o país pode ser até seis vezes maior do que o estimado no último grande levantamento nacional, feito há 15 anos.
INFOGRÁFICO: veja a evolução do tamanho das torres eólicas
A explicação é aparentemente simples. Ao aumentar a altura das torres, as máquinas captam ventos com velocidades médias mais altas e constantes, com pouca ou nenhuma turbulência, e são capazes de gerar mais energia. Além disso, o ganho de altura faz com que áreas que antes não ofereciam as condições mínimas para a geração de energia eólica, passem a ser consideradas interessantes para a atividade.
Sem poder baixar o custo dos equipamentos, as empresas terão de buscar eficiência aumentando a geração de energia. Em um mercado cada vez mais competitivo, a indústria eólica mundial será forçada a dar novos saltos tecnológicos para sobreviver, afirma Schubert, que viu de perto como isso vem ocorrendo na prática ao participar principal feira do setor, a Wind Energy 2016, realizada em setembro deste ano em Hamburgo, na Alemanha. Segundo Schubert, a GE e a espanhola Gamesa apresentaram torres de 180 e 160 metros respectivamente.
“Graças à tecnologia, hoje temos torres muito altas, leves, modulares, fáceis de serem transportadas e que podem ser montadas sem a necessidade de guindastes. Essas torres de 150, 160 e 180 metros já são uma realidade no mercado, sobretudo lá fora”, diz Schubert. O próximo grande passo, segundo ele, são rotores maiores e as pás modulares, que vão facilitar muito a logística de transporte.
De forma geral, a indústria eólica mundial, sobretudo na Europa, onde estão as grandes fabricantes do setor, se desenvolveu a base de pesados subsídios do governo, com tarifas muito generosas, crédito fácil, juros baixos e infraestrutura abundante. Em países com mercados internos fortemente subsidiados, a energia produzida era vendida e o empreendedor tinha uma boa margem de lucro.
Com a crise de 2008, as empresas foram obrigadas a sair da sua zona de conforto para buscar receita em novos mercados. No Brasil, o sistema de leilões para a contratação de energia deu origem a um mercado bastante competitivo que passou a ser replicado em outros países. A partir do próximo ano, a Alemanha vai adotar o formato de leilões para contratar sua energia e isso deve mudar o comportamento das empresas. Até agora, foi a iniciativa privada do país que, com pesados subsídios do governo, conduziu a expansão do mercado eólico alemão. Os produtores arrendavam as terras e as empresas instalavam as torres.
“Como os leilões determinam a quantidade de energia que será contratada, as empresas terão de ser muito competitivas para continuar no mercado produzindo muita energia com custo baixo. É como uma guerra na qual só os mais aptos vão sobreviver”, afirma Odilon Schubert. Ele acredita que a busca por eficiência para atuar no mercado alemão e europeu deve levar a um novo salto tecnológico no setor que vai beneficiar o mundo inteiro.
Quando o Atlas do Potencial Eólico Brasileiro foi elaborado, em 2001, as torres eólicas existentes no país tinham cerca de 50 metros de altura. A essa altura, nem todas as áreas mapeadas tinham vento suficiente para viabilizar uma usina eólica. No parque eólico de Palmas, o primeiro do Sul do país, instalado em 1999, as torres têm 48 metros de altura.
Geradores eólicos em Palmas, Paraná.
(Foto: Henry Milleo)
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