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Oeste do Paraná tem potencial de expansão em energias renováveis

Publicado em 22/09/2016

Região já tem exemplos bem-sucedidos de uso do biogás e energia solar fotovoltaica, mas necessita avançar; novidades na legislação podem impulsionar geração distribuída

FONTE: http://paranashop.com.br/

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            de imagem para energias renováveis biomassa, solar e eólica

Instigados por exemplos implantados e pelas mudanças na Resolução Normativa (REN) nº 482/2012, integrantes da Câmara Técnica (CT) de Energias do Programa Oeste em Desenvolvimento (POD) buscam novas oportunidades para a cadeia energética da região. Biogás e energia solar fotovoltaica foram os tipos de geração mais citados durante o 3º encontro do grupo, que reuniu cerca de 65 pessoas na semana passada em Cascavel, tendo em vista as características do território.

Segundo a consultora do Sebrae/PR, Danieli Doneda, o grupo tem buscado embasamento teórico e prático para que a região cresça em geração de energia renovável. “O objetivo da CT é o desenvolvimento energético e temos nas fontes renováveis grandes oportunidades. Percebemos que o oeste tem potencial e queremos entender o porquê não está sendo gerado um volume maior de energia por meio das fontes renováveis disponíveis”, observa.

De acordo com o Superintendente de Energias Renováveis da Itaipu Binacional, Herlon de Almeida, agora é o momento de mostrar mudança de paradigma. “As pessoas não têm, culturalmente, a noção de que podem produzir o próprio combustível, a própria energia. Hoje, com a geração distribuída, isso é possível. Acho que está faltando uma pequena ‘faísca’ se acender para deflagrar esse processo com força no oeste”, enfatiza.

Almeida complementa que é possível produzir energia tanto no meio urbano quanto no rural, destacando o biogás e biometano. “Em um território com base econômica no agronegócio, onde se tem cadeias de proteína animal, como suínos, aves e bovino leiteiro, no qual o dejeto é abundante e que precisa ser tratado para não poluir, por que se ‘desperdiça’ tanta energia, a medida que não é utilizada em forma de biogás ou biometano?”, questiona.

Incentivo

Uma das alterações na REN 482/2012 traz oportunidade de geração compartilhada de energia, o que pode ser muito propício no agronegócio, que é base da economia do oeste paranaense. “É o caso da geração compartilhada, onde uma unidade geradora é propriedade de um grupo de consumidores. Ou seja, a cooperativa pode instalar minigeradores nas propriedades dos cooperados”, resume Sílvio Beluzzo, do Instituto de Energias Renováveis e Inovação.

As cooperativas ou até agroindústrias são grandes consumidoras de energia e, em contrapartida, os agricultores têm grande potencial gerador e consomem pouco. Neste sentido, a parceria de geração compartilhada torna-se uma ótima oportunidade, na opinião de Beluzzo. “Se ela instalar geradores em cooperados, poderá abater esse custo da conta de energia, além disso, proporcionar economia para o produtor associado. Já existem projetos funcionando nesse molde”, indica.

Essa é uma das possibilidades que o assessor de meio ambiente da Copacol, Celso Brasil, tem pesquisado para a cooperativa. “Estamos olhando para estas frentes renováveis há um bom tempo. Temos uma equipe interna estudando o tema e vemos grandes oportunidades. Temos visto vários exemplos, como do biogás na nossa região ou exemplos fora do país. O Brasil está engatinhando com isso ainda. Nossa meta é implantar um projeto-piloto para colher resultados mais práticos”, comenta.

Para o diretor-presidente da CIBiogás, Rodrigo Regis, o biogás é uma ótima opção de energia renovável na suinocultura, por exemplo. “O biogás transforma um passivo ambiental em ativo energético. O que falta para consolidar esse processo não é tanto a questão tecnológica, mas ocore business do produtor, pois gerar energia não é o negócio dele. Entretanto, quando ele conseguir enxergar que dá retorno, ambiental e econômico, vai querer ter na sua propriedade”, ressalta.

Oportunidade

O terceiro encontro da CT de Energias do POD levantou algumas oportunidades sobre o setor de energias renováveis e possibilitou o debate aberto sobre a cadeia energética regional com base nas apresentações feitas por Herlon de Almeida sobre “Novas interações e ações em Energias Renováveis – Posição da Itaipu para um maior desenvolvimento de negócios no território Oeste do Paraná”; “Geração Distribuída – Novas Oportunidades”, por Sílvio Beluzzo; e “Modelo Biogás”, por Rodrigo Regis.

O debate levantou alguns gargalos e possíveis respostas para que se possa alavancar o uso de energias renováveis da região como a necessidade de profissionais especializados em projetos de energia renovável, possibilidade de sistemas mistos e sistema de abastecimento comunitário, retorno sobre investimentos, rede de cooperação, dentre outros. “Foi importante levantar a discussão para que cada participante pudesse contribuir com sua especialidade”, aponta Danieli Doneda, do Sebrae/PR.

“Há conhecimento técnico, domínio tecnológico, segurança no processo, e há crédito disponível nos bancos. Nesse sentido, o oeste tem que se debruçar sobre esse problema e avançar no uso das energias renováveis. Transpor as barreiras para fazer isso prosperar na região, sem a menor sombra de dúvida, vai gerar maior competitividade das nossas cadeias”, enfatiza Herlon de Almeida, da Itaipu Binacional.

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