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Publicado em 12/08/2016
FONTE: www.unica.com.br
Políticas setoriais mais estimulantes para a bioeletricidade gerada a partir da biomassa da cana e de seus subprodutos,
com leilões organizados de forma a valorizar mais a contratação desta fonte limpa e renovável,
além de medidas que fortifiquem o mercado livre, no qual a negociação é feita diretamente entre
consumidores e vendedores de energia. Estes foram os principais assuntos discutidos por mais de 70 representantes de empresas
sucroenergéticas e companhias envolvidas com o aproveitamento do biogás da vinhaça durante o Seminário
“COGEN/UNICA - Bioeletricidade: mercado e tecnologia”, realizado na quarta-feira (10/08), na sede da União
da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), em São Paulo (SP).
O evento, uma iniciativa
da Associação da Indústria de Cogeração de Energia (COGEN) e da UNICA, teve a participação
de diversos especialistas do mercado elétrico nacional. Entre os palestrantes, estiveram presentes: Carlos Silvestrin
(CONE Consultoria), que apresentou o tema “Biogás de Vinhaça – Oportunidade para Leilão de
Energia”; José Ferrari e Celso Bertinotti (Gás Brasiliano), que mostraram a solução das
usinas híbridas para o setor sucroenergético; e Ricardo Savoia (Thymos Energia), que debateu sobre a oferta
e demanda de energia elétrica no País.
Primeiro a palestrar no evento, Carlos Silvestrin informou
que para cada litro de etanol produzido são gerados de 10 a 15 litros de vinhaça. Trata-se de uma margem significativa
para o aproveitamento do subproduto da cana destinado à fabricação de biogás e de biometano. Segundo
o consultor, o potencial teórico de produção de energia elétrica com o este volume de biogás
da vinhaça atingiria 19.320 GWh por safra até 2030. “Isto daria para atender quase 10 milhões de
residências, garantindo eletricidade pelo ano inteiro”, comenta o gerente em Bioeletricidade da UNICA, Zilmar
Souza.
Na sequência do Seminário, os executivos da Gás Brasiliano apresentaram um arranjo tecnológico
que trata do uso combinado de biomassa e gás natural nos sistemas de cogeração em unidades produtoras
de açúcar e etanol. Para José Ferrari e Celso Bertinotti, com esse modelo de negócios, usando-se
o gás natural nas usinas, pode-se melhorar a produtividade geral de energia elétrica e a rentabilidade final
dos projetos.
A palestra final coube ao diretor da Thymos Energia, Ricardo Savoia, que comentou, dentre outros
temas, sobre a grande e recente migração de clientes do ambiente regulado para o mercado livre de energia, e
que isto resultará numa demanda crescente pelas fontes renováveis, incluindo a biomassa. Para o presidente-executivo
da COGEN, Newton Duarte, o fortalecimento institucional do mercado livre certamente também contribuirá para
viabilizar novos projetos de geração a partir da do bagaço e da palha da cana.
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