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Biomassa na Indústria de Energia e minimização de GEE

Publicado em 10/05/2016

FONTE: CELULOSEONLINE

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A oferta de energia que, em passado recente, foi estimulada por financiamentos oriundos de recursos públicos, foi deixando de receber tais incentivos no decorrer do tempo. Observa-se um redirecionamento de políticas públicas para outros setores antes voltadas à ampliação da oferta de energia.

Consequentemente, essa mudança tem colocado em xeque a capacidade do setor elétrico de atender à demanda e à própria revitalização do setor. Nesse contexto abre-se uma janela de oportunidades à biomassa na indústria de energia com a vantagem da minimização das emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) na atmosfera.

A biomassa na indústria de energia vem aumentando sua participação na matriz energética com o reconhecimento de que os recursos naturais são finitos e imprescindíveis para o desenvolvimento humano e, consequentemente, da economia.

Recursos naturais devem ser consumidos com qualidade, e não em quantidade. A indústria de base florestal está cada vez mais consciente de seu papel como supridor de biomassa aos mercados, como também do integral alinhamento do uso eficiente da energia, assim definido por sua adequada aplicação e pela eliminação de desperdícios, aos pilares da sustentabilidade: resultados econômico-financeiros, contribuição para o desenvolvimento da sociedade em que se insere e preservação do meio ambiente. O bem-estar social, a preservação da natureza e os lucros devem ser partes integrantes de todo o negócio.

A biomassa na indústria de energia são os biocombustíveis provenientes dos recursos florestais, seus produtos e subprodutos, que incluem basicamente biomassa lenhosa, produzida de forma sustentável a partir de florestas cultivadas, ou ainda originada em atividades que processam ou utilizam a madeira para fins não energéticos, destacando-se as indústrias de papel/celulose e moveleira, bem como as serrarias.

O conteúdo energético dessa classe de biomassa está associado à celulose e lignina contidas na matéria e seu baixo teor de umidade.

Seu aproveitamento no uso final energético realiza-se, principalmente, através das rotas tecnológicas de transformação termoquímica mais simples, como combustão direta e carbonização, embora também haja rotas mais complexas para a produção de combustíveis líquidos e gasosos, como metanol, etanol, gases de síntese e licor negro, por exemplo.

O Brasil revela-se privilegiado na produção de biomassa por silvicultores em plantios florestais. Os resultados alcançados com o eucalipto mostram que, certamente, se trata da espécie que apresenta a melhor relação custo–benefício em termos de tempo de crescimento até o porte do aproveitamento comercial e de amplitude de usos.

Merece citar que a cada ano surgem novos aproveitamentos para os produtos e subprodutos oriundos das florestas. De acordo com o Anuário Brasileiro da Silvicultura (2016), o Brasil possui 851 milhões de hectares de área, sendo 58% de vegetação nativa, 11% compreendendo as cidades e 30% para agricultura, pecuária e floresta plantada.

Do total, porém, apenas 0,8% corresponde a florestas plantadas, cujo potencial de crescimento e produção de biomassa pode ser ampliado, de modo a atender não só à indústria de energia, mas a outros setores, passando à condição de um produto ímpar nas exportações brasileiras.

A floresta plantada permite a geração de inúmeros produtos essenciais à sociedade contemporânea, como celulose, painéis de madeira industrializada, serrados, compensados, carvão vegetal e lenha, entre outros. A celulose, o cavaco de madeira e os compensados estão largamente presentes no comércio internacional – e nossa competitividade do setor florestal é a grande responsável por essa representatividade.

Artigo publicado inicialmente na Revista O Papel / Abril 2016.

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