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Publicado em 28/01/2016
O atual cenário da economia brasileira, e porque não dizer mundial, implica em uma reconsideração
dos nossos esforços em redução dos custos industriais de forma radical e obrigatória.
Especialmente no que nos reflete ao mercado de biomassa, em destaque para os subprodutos da madeira, encontramos uma
oferta grande de energia térmica a um custo relativamente barato se compararmos aos preços de lenha, cavaco,
serragem, maravalha, briquete ou ainda pellets aos dos combustíveis fósseis como o gás natural ou o óleo
1A e seus sucessores, essa diferença de custos não fica inferior a 400%.
A necessidade do processamento
da madeira, a utilização dos subprodutos e a vantagem econômica propiciada, nos leva ao desenvolvimento
de tecnologias de queima com altas eficiências de combustão e de controle.
Desenvolvimento dos
equipamentos:
As caldeiras desenvolvidas atualmente podem ser equipadas com dispositivos que controlam integralmente
um processo a partir de uma central de monitoramento inclusive com acesso remoto.
Equipamentos periféricos
como pré-aquecedores de ar, economizadores, alimentadores de combustíveis com controles modulantes, controle
de ar de combustão e de exaustores de gases propiciam uma estabilidade do fornecimento de vapor bem como de economia
de combustível.
As emissões atmosféricas também passaram a fazer parte interessante
na opção de escolha do combustível para aquelas empresas que desejam mostrar seu respeito a natureza.
Ao fazer uso de um combustível renovável, com captura de CO2 da atmosfera, baixas emissões de poluentes
como metano e enxofre, transmitem uma imagem positiva para seus clientes.
Para evidenciar as diferenças
de custos de combustíveis para as empresas, elaboramos um quadro com valores referenciais considerando-se uma caldeira
de toneladas de vapor por hora.
Quadro comparativo do custos de combustíveis Capacidade caldeira 10 ton
vapor/h
Combustível | consumo 24 horas | Consumo/25 dias | Custo combustível | Custo/ano R$ |
Lenha (m³) | 117 | 2925 | 40 | 1,345,500.00 |
Cavaco (ton) | 84 | 2100 | 70 | 1,690,500.00 |
pellets (ton) | 38 | 912 | 400 | 4,195,200.00 |
briquete (ton) | 41 | 984 | 400 | 4,526,400.00 |
Oleo 1A (ton) | 17.3 | 432 | 1000 | 4,968,000.00 |
GN (m³) (ton) | 18000 | 449400 | 1.2 | 6,201,720.00 |
GLP (m³) (ton) | 14000 | 350000 | 1.5 | 6,037,500.00 |
O quadro acima ilustra de forma comparativa as diferenças de custo de cada combustível.
Mesmo que se variando os preços por região, custos de transporte, tipo de caldeira, serve o mesmo para evidenciar
as vantagens da queima dos subprodutos da madeira. Quando houver disponibilidade desse combustível, o mesmo deve ser
muito bem considerado.
Evidentemente as caldeiras devem passar por processos de adaptação de
forma a se capacitarem para a queima desse tipo de combustível de forma eficiente e com nível de emissões
dentro dos padrões estabelecidos pelo Conama ou dos órgãos locais reguladores.
No tocante
a geração de energia térmica adicionada à elétrica ou a dita co-geracao, o potencial da
biomassa é muito interessante.
Com o uso de caldeiras especialmente projetadas para esse fim, e possível
a geração das duas energias através do vapor.
O processo pode ser muito simples, através
do uso de turbinas de contrapressão ou mais complexos utilizando-se turbinas de condensação e extração.
A taxa de retorno do investimento dependera do preço da biomassa disponível. Assim, vê-se que
nas regiões onde existe maior disponibilidade a baixo custo, esses sistemas são muito atraentes.
Em
processos de condensação puramente para geração de energia elétrica, necessita-se de aproximadamente
2,5 toneladas para geração de 1 MWh. Comparando-se com o custo do MWh cobrado pelas concessionarias, verifica-se
uma diferença grande que poderá justificar um investimento. Por outro lado, as incertezas quanto ao preço
da energia no futuro próxima, ou mesmo do cavaco, aliados a dificuldade de obtenção de credito junto
às empresas de fomento, afastam as possibilidades dos empresários da autossuficiência de geração
de energia elétrica e consequentemente da redução dos custos de produção.
Fonte: Biomassa BR
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