Energia solar já dá retorno em 5 anos com nova tarifa
Publicado em 21/10/2015
FONTE/AUTORIA: The São Paulo Times
Só em 2014, foram instaladas ao redor do mundo painéis de energia solar suficientes para gerar o equivalente
a 50 usinas de Angra 1. A estimativa, feita pelo site Portal Solar (www.portalsolar.com.br), é a prova da popularização
dessa matriz energética. Além das vantagens ambientais, o modelo é uma boa opção para o
bolso: hoje, já é possível recuperar o investimento da instalação em até cinco anos
– e o equipamento dura 25.
O retorno financeiro mais rápido é resultado, por um lado, da infraestrutura para captação
solar em média 70% mais econômica de 2008 para cá. Por outro, é também reflexo da crise
hídrica, que fez a tarifa de luz subir. “Não há perspectivas de que a conta fique mais barata”,
afirma Carolina Reis, diretora do Portal Solar. “Pelo contrário, tudo indica um agravamento da crise hídrica
e aumento das tarifas.”
Para se adequar a esta nova realidade, a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) publicou a NR 482,
que regula o acesso dos micro e minigeradores à rede elétrica, assim como sua compensação. Isso
permite a instalação de painéis fotovoltaicos – responsáveis por absorver a luz do sol e
a transformar em eletricidade – em um sistema integrado ao das companhias de distribuição estaduais.
Em resumo, isso significa que nas residências ou empresas que contarem com a tecnologia, esta substituirá
a energia da distribuidora sempre que houver sol suficiente e, no caso de excesso, o restante será devolvido para a
rede pública. No mês seguinte, esse montante será descontado da conta.
Em São Paulo, por exemplo, a diretora do Portal Solar diz que a instalação de módulos fotovoltaicos
para suprir a demanda de uma casa que gaste entre R$ 140 e R$ 150 de luz por mês custa, em média, R$ 15 mil.
Já no caso de gastos mensais ao redor de R$ 500, a infraestrutura sairia por R$ 39 mil. “O retorno do investimento
depende da região, tanto pela capacidade de produção da energia solar quanto pelas tarifas de luz. No
Rio e em Minas, estados em que a conta é mais cara, o payback é ainda mais rápido”, explica ela.
Para 2016, a expectativa é que o setor de
energia solar no Brasil cresça até 1.000%.
Uma prova de como essa matriz vem se popularizando é a entrada de novas empresas do ramo no mercado. “Cerca de
40 prestadoras de serviço se cadastram em nosso site todo mês”, fala Carolina. Além de concentrar
informações sobre energia solar, o Portal Solar atua como uma espécie de “hub” do segmento:
oferece orçamentos gratuitos para os interessados com um pequeno custo para as empresas, cerca de 500 espalhadas por
todo o Brasil.
Com relação às preocupações com a sustentabilidade, a especialista lembra que um painel
fotovoltaico gera, em um ano, toda a energia gasta em sua produção. Além disso, 99% dos seus componentes
são recicláveis. “Com a escassez energética, fazer uso de uma matriz que só depende de um
recurso inesgotável, a luz solar, significa segurança em um futuro não tão distante”, finaliza
Carolina.
Envie para um amigo