CCEE divulga aumento de 15% de geração de energia por usinas de biomassa

Publicado em 02/09/2015

A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) informou nesta terça-feira, 1, que as usinas movidas à biomassa produziram 15% a mais de energia no primeiro semestre de 2015 em relação ao mesmo período do ano passado.

clique para ampliarBiomassa (Foto: celuloseonline.com.br)

A produção entre janeiro e junho totalizou 1.860 MW médios, contra 1.621 MW médios em 2014. A capacidade instalada desse segmento atingiu 10.793 MW, o número equivale a 7,7% da matriz energética brasileira.

A CCEE destaca que, em termos porcentuais, o principal destaque de aumento do semestre foi o Estado de Mato Grosso do Sul, com alta de 50%. Bahia e Maranhão, sexto e sétimo Estados no ranking dos maiores geradores de energia, tiveram crescimento ainda maior, de 108% e 112%, respectivamente, mas sobre bases menos expressivas.

O Estado do Paraná está na 5° posição com produção de 85,76 MW médios, cerca de 10% da produção de São Paulo que está na liderança do ranking com produção média de 841 MW.

O Paraná é especialmente abundante em resíduo industrial, agropecuário, urbano ou florestal que pode ser transformado em energia. Segundo o consultor de projetos de produção de biomassa, Celso Oliveira, presidente da Associação Brasileira das Indús

clique para ampliarCelso Oliveira - Abib (Foto: Painel Florestal - Assesoria)

trias de Biomassa e Energia Renovável (Abib), o Paraná pode ser autossuficiente em geração de energia por biomassa, “No Estado, parte da biomassa florestal é transformada em energia, contudo, 80% do que é produzido no estado ainda não é utilizado para esse fim”, revela ainda que “se toda a biomassa produzida no Paraná fosse utilizada, geraria energia suficiente para praticamente todos os municípios do estado”.

Um dos grandes entraves para a utilização da biomassa é a falta de políticas governamentais. “No Brasil, estamos há 15 anos envolvidos com a biomassa, mas, não vimos nenhum presidente ou ministro de Minas e Energia tratar do assunto de maneira mais aprofundada ou técnica. Para isso, precisamos de uma legislação e política de utilização e produção para que as empresas possam usar esse recursos de forma sustentável”, ressalta o presidente da Abib.

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