Veículos elétricos se aproximam da competitividade

Publicado em 17/04/2015

O rápido avanço tecnológico e o avanço de escala dos veículos elétricos promovem uma redução de custos mais rápida do que imaginado.  Um estudo da Agência Internacional de Energia de 2013, estabelecia que o veículo elétrico seria plenamente competitivo com os motores a combustão, quando as baterias alcançassem um custo de US$ 300 por kWh armazenado. O estudo projetava que isso ocorreria por volta de 2020. Mas um estudo recente publicado na Nature Climate Change mostra que alguns fabricantes já alcançaram a marca, e que o custo médio se aproxima em largos passos da meta.

O estudo, de Björn Nykvist e Måns Nilsson, mostra que, em média, houve uma redução anual de 14% de 2007 a 2014, reduzindo, se o custo de mais de US$ 1000 por kWh a aproximadamente US$ 410 por kWh. No caso dos modelos líderes como o Nissan Leaf e o Modelo S da Tesla, esse custo já é inferior ao limite projetado pela Agência Internacional de Energia.

Para competir ser plenamente competitivo inclusive com a redução dos preços do petróleo, entretanto, o estudo de Björn Nykvist e Måns Nilsson acredita que a meta deve ser US$ 250 por kWh, que segundo as projeções devem alcançar entre 2017 e 2018, quando a média dos fabricantes estará oferecendo preços de US$ 230 por kWh. Segundo o mesmo estudo, ao alcançar US$ 150 por kWh, o veículo elétrico já terá mudado definitivamente o paradigma da tecnologia de veículos.  

O crescimento vertiginoso das vendas globais que alcançaram, em 2014, a quantidade de 700 mil unidades vendidas, frente a 400 mil vendidas em 2013, mostram essa nova realidade do mercado.  Só na China, houve, no ano passado, um crescimento anual de 500%.  Um estudo do banco de investimentos UBS constatou, no ano passado, que o custo total de propriedade do Modelo S da Tesla era comparável ao do Modelo A7, da Audi, considerando-se a isenção de impostos do veículo elétrico. No futuro próximo, fábrica gigante da Tesla Motors com a Panasonic, esperada para começar a produzir em 2017, deve reduzir em 30% os custos de armazenagem e aproximar ainda mais a mudança de paradigma citado no estudo.

Informação de: Exame