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Risco de racionamento de energia em 2015 traz à tona necessidade de mudanças na política energética do país

Publicado em 20/11/2014

Estímulo à bioeletricidade oriunda do bagaço da cana ajudaria o setor sucroalcooleiro a sair da crise e diminuiria o risco de falta de energia para os brasileiros.

Voltou a chover no Sudeste. Mesmo assim, os níveis de água dos reservatórios ainda estão baixíssimos, o que também ameaça o sistema elétrico brasileiro. No curto prazo, segundo especialistas do setor, não deve haver racionamento de energia, em razão da chegada do verão e do aumento de água nos reservatórios das hidrelétricas. Mas se as chuvas forem fracas ou pouco frequentes, incapazes de manter a média histórica para o período, o racionamento de energia pode ocorrer em 2015.

Desse modo, é cada vez mais urgente buscar formas de geração de energia que não dependam das hidrelétricas; e uma das soluções mais viáveis é produzir energia elétrica por meio do bagaço da cana, nas usinas de açúcar e álcool.

“O Brasil está em um momento crucial. É urgente diversificar sua matriz energética, hoje concentrada nas hidrelétricas, que respondem por 76% de nossa geração. Dados comparativos mostram que de 2012 para 2013 houve um crescimento de 35% da energia gerada pelas usinas à biomassa, que utilizam bagaço de cana, cavaco de madeira e biogás. As usinas de álcool que estão comercializando energia elétrica estão auferindo uma receita adicional significativa neste momento em que os valores do Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) estão em alta”, destaca Danielle Limiro, sócia da B2L Investimentos S.A, que é especialista em bioenergias.

Produzir bioeletricidade utilizando cana de açúcar também ajuda – e muito! – os usineiros, já que se faz urgente o fortalecimento do setor sucroalcooleiro, que vive uma crise sem precedentes, com fechamento de usinas e demissões em massa.

“A produção do álcool combustível vive uma situação temerária. A dívida do setor já ultrapassou R$ 60 bilhões e houve demissão em massa – mais de 80 mil empregados– devido ao fechamento de 82 usinas. O preço da gasolina não torna atraente para o consumidor a compra do álcool combustível. Por isso, uma saída para a crise é investir em energia, tudo isto com uma biomassa já existente nos canaviais, apenas promovendo o retrofit das usinas e o aproveitamento parcial da palha na geração”, explica Danielle Limiro.

A cana de açúcar é uma biomassa que pode ser transformada quase que totalmente em energia elétrica aproveitável por meio de processos industriais. Entre abril e novembro – exatamente o período sem chuvas – é quando geralmente as usinas estão moendo a cana para produzir açúcar e etanol e, consequentemente, podem gerar energia elétrica através da queima do bagaço. Este recurso poderia ser melhor aproveitado, poupando água das represas, no período crítico de estiagem, evitando o risco de racionamento de energia.

"O governo federal deve voltar sua atenção para o setor sucroalcooleiro, como acontecia há oito, dez anos atrás”, reitera Limiro. Para isso, a especialista da B2L sugere a adoção de algumas medidas, como criação de uma diferenciação tributária entre os combustíveis renovável e fóssil; estímulo à busca de maior eficiência dos motores de veículos flex no uso do etanol hidratado como combustível – aumentando assim a competitividade do biocombustível em relação à gasolina –, e a adequação dos leilões de energia elétrica, viabilizando a bioeletricidade oriunda da biomassa da cana de açúcar por meio da valorização dos atributos ambientais, elétricos e econômicos.

O Brasil tem condições de produzir um volume considerável de eletricidade por meio da biomassa. Se hoje todas as quase 350 usinas utilizassem o bagaço da cana para produzir energia, juntas poderiam gerar 15.300 megawatts (MW), o equivalente a mais do que gera a Usina de Itaipu. Porém, a realidade, é que hoje, esse tipo de energia equivale a apenas 5% do total que é consumido no país.

Informação de: Portal do Agronegócio

 

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