Mercado aquecido para geração de energia eólica
Publicado em 01/11/2011
"Os investimentos em energia eólica no País estão em franca expansão. Um dos termômetros desse comportamento, a carteira de
pedidos de financiamento junto ao Banco Nacional de Desenvolviment ..."
Os investimentos em energia eólica no País estão em franca expansão. Um dos termômetros desse comportamento, a carteira de
pedidos de financiamento junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), disparou neste ano e atingiu
R$ 8 bilhões. Os desembolsos do banco para parques eólicos em 2011 devem chegar a
R$ 4,5 bilhões, segundo estimativa da
chefe do Departamento de Energia Elétrica do banco, Márcia Leal. A carteira representa os pedidos de empréstimo, enquanto
os desembolsos são os recursos efetivamente liberados.Se a expectativa do banco se concretizar, representará um crescimento
de mais de 14.000% sobre as liberações de empréstimo do ano passado - de R$ 649 milhões. Nos nove primeiros meses de 2011,
esse valor já quase triplicou e atingiu R$ 1,6 bilhão. A explicação para a explosão dos investimentos em energia eólica está
em dois pilares. O primeiro é o potencial efetivo do Brasil, com ventos bons e constantes.
O segundo é a crise na economia
mundial, especialmente com a retração dos investimentos de EUA e Europa em energia eólica, que fez com que o Brasil atraísse
grandes fabricantes de equipamentos de aerogeração. "Há seis anos havia apenas três fabricantes de equipamentos eólicos no
país. Hoje eles são 13", diz o diretor-executivo da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), Pedro Perrelli.
Agora
empresas como Impsa, Wobben, GE , Vestas, Suzlon , Gamesa, Alstom e Siemens têm fábricas de equipamentos e aerogeradores em
solo brasileiro. A possibilidade de nacionalização dos componentes e o interesse de grupos multinacionais em produzir esse
tipo de energia alternativa no País acirraram a competição nos leilões de energia promovidos pelo Governo e jogou os preços
para baixo.
"Há uma redução de 20% a 25% em média nos preços da energia eólica a cada ano, e isso está fazendo com que
ela seja mais competitiva ante outras fontes energéticas", diz o gerente de Energias Alternativas do BNDES, Luis André Sá
d'Oliveira.
Nos últimos cinco leilões de energia realizados desde 2009, foram contratados 5.785 MW (megawatts) de potência
instalada. Hoje a energia eólica representa menos de 1% da matriz de geração nacional, mas, até 2014, quando todos esses projetos
estiverem concluídos, chegará a 5% da capacidade instalada de geração no País.
O número de investidores interessados em
instalar parques eólicos não para de crescer. Hoje são 27 empresas: desde Petrobras e Eletrobras, como construtoras como Odebrecht
e Queiroz Galvão, a grupos privados de energia como CPFL e Neoenergia.
Informação de: Power Inf.
Envie para um amigo