O que achou do novo blog?
e receba nosso informativo
Publicado em 25/10/2011
Mais silencioso e menos poluente. Esses dois grandes diferenciais dos veículos elétricos só não são suficientes para atrair o público em razão de um fator: o tempo de recarga das baterias (em torno de oito horas), o que diminui a mobilidade e a autonomia, fatores fundamentais quando se pensa em adotar a eletricidade para o transporte público urbano. Agora, um sistema em desenvolvimento pela empresa canadense Bombardier, permite recarregar as baterias por meio de um sistema wireless (sem fio), sem que os ônibus ou trens tenham que ficar parados.
O método já foi testado com sucesso em uma estrada em Lommel, na Bélgica, com ônibus híbridos (diesel + eletricidade), e em um bonde, em Augsburg, na Alemanha. A mesma tecnologia pode ser usada para todos os tipos de veículos. A operação, segundo a empresa, é segura mesmo em condições climáticas adversas, com neve, chuva, gelo ou água na pista.
Vantagens
De acordo com o engenheiro Marcelo Schwob, da área de Energia do Instituto Nacional de Tecnologia (INT), órgão ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), a adoção de ônibus elétricos nas cidades brasileiras é vantajoso por vários motivos.
"A queima do óleo diesel libera na atmosfera uma quantidade elevada de óxidos de enxofre e outros gases tóxicos. Isso traz problema para a saúde humana e para a natureza, além de requerer grandes investimentos nas refinarias, que precisam utilizar caros processos de dessulfurização. A solução mais inteligente e econômica é, portanto, minimizar o uso desse combustível", afirma Schwob. Além de serem poluentes e contribuírem para o aquecimento global, esses motores emitem de 30 a 40% a mais de ruídos que os sistemas híbridos. Em relação aos motores exclusivamente elétricos - a bateria ou de alimentação externa - a diferença é ainda maior.
Sob a ótica econômica, o engenheiro do INT aponta outro agravante: o Brasil importa 15% do diesel consumido, o que, segundo dados da ANP, gerou em 2010 um gasto de US$ 5,4 bilhões, que eleva o preço do produto. Mesmo subsidiado, o emprego de óleo diesel interfere também no preço das passagens dos coletivos, reforçando a importância da busca por insumos energéticos de menor custo.
Além disso, boa parte da energia elétrica no Brasil provém de centrais hidroelétricas, o que torna a adoção do transporte público elétrico ainda mais vantajoso. O mesmo não ocorre em países como China e Austrália, onde boa parte da eletricidade é gerada por usinas a carvão.
Informação de: Gás Brasil
Envie para um amigo