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Publicado em 03/11/2010
A chamada economia verde - modelo de negócio em que as atividades são realizadas de acordo
com padrões de sustentabilidade, com baixo nível de impacto ambiental - vai empregar um total de 2,3 milhões de pessoas até
2015, de acordo com dados apresentados nesta segunda-feira, 13, em São Paulo por Pavan Sukhdev, assessor especial do Programa
das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma). Segundo ele, 500 mil vagas (21,7% do total) serão ocupadas somente no Brasil,
no setor de energia de biomassa, cujo carro-chefe é o etanol produzido a partir da cana-de-açúcar. "Os 'empregos verdes' já
começaram a ser criados e são uma grande oportunidade, principalmente para países em desenvolvimento. É possível aprimorar
o uso da economia para combater a pobreza", afirmou Sukhdev, que também coordena o estudo internacional Economia dos Ecossistemas
e Biodiversidade (Teeb, na sigla em inglês), encomendado pelos grupo dos países desenvolvidos e emergentes (G8+5).
Outro
país citado nesse levantamento como promissor para os empregos verdes é a China, onde 10% da população já utiliza aquecedores
solares nas casas. Esse mercado da energia solar permitiu a criação de 600 mil empregos, além de reduzir as despesas residenciais
com energia e a queima de combustíveis fósseis, uma das principais fontes de gases causadores do efeito estufa.
Segundo
Sukhdev, os investimentos mundiais no campo da economia verde aumentaram US$ 119 bilhões entre 2004 e 2009, o que contradiz,
na sua avaliação, o argumento de que não existem recursos para projetos sustentáveis. "O financiamento é essencial, mas também
precisamos de uma fase pré-financeira. Muitos bancos, por exemplo, não conhecem os mecanismos existentes para financiar tecnologias
sustentáveis", disse.
O assessor especial do Pnuma alertou sobre a necessidade de se preservar a biodiversidade e o meio
ambiente, sob o risco de comprometer a subsistência de comunidades e atividades econômicas baseadas na exploração da natureza.
Dados do Pnuma indicam que 10% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil dependem dos "serviços ambientais", termo utilizado
para designar os serviços oriundos do equilíbrio dos ecossistemas, como a fertilidade dos solos e a qualidade das águas, essenciais
para a agricultura. Na Índia e na Indonésia, esses índices são de 16% e 21% respectivamente.
Fonte: EmpregoMS
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