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Publicado em 20/10/2010
A Petrobras e a dinamarquesa Novozymes firmaram acordo para desenvolver uma nova rota para produção de biocombustíveis de segunda geração, utilizando bagaço de cana-de-açúcar para produção de etanol a partir da ação de enzimas.
O acordo abrange o desenvolvimento de enzimas e de processos de produção de etanol lignocelulósico, produzido do resíduo fibroso da produção de cana.
O potencial comercial do etanol celulósico no Brasil é considerável, devido à grande quantidade de bagaço de cana disponível no País.
O Brasil é o maior produtor mundial de cana, com uma capacidade de extração de cerca de 600 milhões de toneladas por ano, atualmente produzindo 27 bilhões de litros (7 bilhões de galões) de etanol.
Estima-se que a tecnologia de bagaço para etanol pode aumentar a produção de etanol do País em cerca de 40%, sem aumentar as áreas de cultura.
A Novozymes já realiza pesquisas com enzimas na conversão de bagaço para etanol celulósico, a fim de tornar o processo economicamente viável.
As enzimas quebram os resíduos -como palha de milho, palha de trigo, lascas de madeira e bagaço de cana - que são fermentados para produzir o etanol.
A Petrobras vem realizando pesquisas de conversão de bagaço de cana-de-açúcar em etanol por meio de processos bioquímicos desde 2006.
"O acordo é importante porque a Petrobras é a principal empresa no Brasil, e é o tipo de companhia que pode fazer essas coisas andarem", disse em Copenhague o chefe da área de bioenergia da Novozymes, Poul Andersen.
As enzimas são usadas para quebrar a biomassa em açúcares que podem ser fermentados para a produção de álcool.
"Estima-se que a tecnologia de conversão de bagaço em etanol pode aumentar a produção de álcool do Brasil em cerca de 40% sem necessidade de aumento de área plantada", afirma a Novozymes.
Andersen comentou também que a Petrobras está construindo uma usina de demonstração e que a Novozymes vai aderir ao projeto. "As primeiras usinas comerciais poderão começar a funcionar em alguns anos", disse o executivo, acrescentando que a escala comercial estaria entre 5 milhões e 20 milhões de galões por ano.
Ele afirmou que a parceria tecnológica não vai exigir novos investimentos pela Novozymes. "Já temos uma unidade de pesquisa e desenvolvimento com pessoas dedicadas a isso no Brasil", lembrou Andersen.
Fonte: DCI
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