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Alergia ao leite pode ser vencida com melhoramento na genética de bovinos

Publicado em 22/06/2018

Estudos da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) demonstram que 350 mil crianças brasileiras possuem APLV (Alergia à Proteína do Leite de Vaca). Os números acompanham dados mundiais diversos que apontam um crescimento dos casos de intolerância ao leite e seus derivados também em adultos.

A reação do sistema imunológico às proteínas do leite de vaca que determina a alergia é mais frequente em crianças, e entre os principais sintomas estão coceira e vermelhidão na pele, diarreia, vômito, cólicas, dificuldade em respirar, entre outros. Já a intolerância à lactose ocorre por conta da falta ou diminuição da lactase, enzima que digere a lactose, no organismo. Mais frequente em adultos e idosos, também causa sintomas gastrointestinais como flatulência, distensão abdominal e cólicas. A diferença entre um e outro é que na alergia o sistema imunológico é envolvido, e na intolerância não.

Melhoramento genético pode ser a solução

A maior parte do leite de vaca produzido no Brasil conta em sua composição a proteína que causa a alergia - a betacaseína A1, mas a esperança está no manejo diferenciado das vacas. Os cuidados especiais nas etapas da cadeia produtiva constituem um desafio, pois o processo fica mais caro e o custo - bastante alto - precisa ser repassado para o consumidor. A meta do mercado é tornar mais acessível o custo da produção do leite próprio para pessoas com APLV - com betacaseína A2A2.

Já existem no Brasil pesquisas em andamento para a produção de leite não alérgico, visto que a demanda é crescente. A Embrapa - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - há uma unidade específica que lidera um estudo sobre genotipagem das vacas, com a meta de criar apenas vacas com gene A2A2, que não possuem a proteína que causa a alergia.

Entre as raças mais adequadas para este manejo está o gir leiteiro. Além dele, os zebuínos guzerá e girolando também são indicados. O Sindicato de Leite e Laticínios do Estado do Rio Grande do Sul (Sindilat) está desenvolvendo um projeto de genotipagem que estima a possibilidade do leite não alérgico chegar aos supermercados custando, em média, R$ 12, valor acessível e que permitirá um acesso muito maior aos consumidores alérgicos.

Fonte: Segs

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