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Os desafios nutricionais dos sistemas alternativos de produção

Publicado em 07/06/2018

É crescente a demanda do mercado consumidor por produtos que atendam aos critérios relativos ao bem-estar animal e segurança alimentar. Em função desse cenário, observamos um crescimento de sistemas alternativos, como sistemas orgânicos, caipira, free range e cage free.

Apesar de em alguns casos, adotarmos as mesmas linhagens que utilizamos em sistemas convencionais, os desafios impostos por esses sistemas são totalmente diferentes, principalmente nos aspectos que se referem à nutrição.

Nesses sistemas, a nutrição é a principal ferramenta para promoção da saúde dos planteis, é preciso garantir que a alimentação, além de nutrir, mantenha os animais saudáveis e com o sistema imunológico em condições de enfrentar os desafios impostos pelos sistemas de produção.

Para os sistemas citados, três pontos são fundamentais quando pensamos em nutrição e alimentação, são eles: qualidade de matérias-primas, equilíbrio e integridade do epitélio intestinal e utilização adequada dos piquetes.

No que se refere a matérias-primas, sua importância está no fato de que a qualidade dessas é diretamente relacionada com o aporte de nutrientes dos animais. Diante disso, o monitoramento bromatológico e das condições de armazenamento é essencial, para atender às demandas nutricionais específicas impostas por esses sistemas de criação.

Outro ponto crucial é a busca por um ambiente intestinal equilibrado e íntegro. Esse aspecto pode ser determinante no que se refere à saúde dos animais. O epitélio intestinal é o principal sítio de absorção de nutrientes e sua integridade está diretamente correlacionada com a eficiência alimentar.

Aliado a esse fato, podemos considerar o epitélio intestinal como uma das principais barreiras à entrada de patógenos. Para auxiliar nas funções desse sistema extremamente complexo, é possível lançar mão de ferramentas como enzimas, ácidos orgânicos e pré e probióticos. Essas ferramentas podem contribuir na busca e realização desse objetivo.

Por último, devemos considerar a utilização dos piquetes como parte do aporte nutricional das aves. Esse ponto vem recebendo pouca atenção de produtores e técnicos, talvez porque ainda não haja conhecimento suficiente sobre qual a melhor forragem a se utilizar, bem como se elas poderão contribuir nutricionalmente como parte da dieta. A verdade é que se bem trabalhados, os piquetes podem contribuir para reduzir os custos de produção, pois correspondem a uma parte significativa do sistema, geralmente subutilizados.

Assim, é possível dizer que além de um grande foco em bem estar animal, os sistemas alternativos devem aliar os três pontos citados, a fim de obter mais eficiência produtiva e utilizar ao máximo a nutrição como ferramenta de promoção da saúde dos planteis e redução de custos.

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