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Bosch aposta na eletrificação acessível

Publicado em 14/07/2017

Empresa tem bateria de 48V para híbridos leves e miniveículos

Fonte: Automotive Business

Com investimento de € 400 milhões por ano em sistemas de eletromobilidade, especialmente no desenvolvimento de baterias cada vez menores e mais potentes para atender à projeção de 11,3 milhões de veículos híbridos e elétricos que devem ser produzidos no mundo em 2020, passando a 18,5 milhões em 2025, a Bosch também aposta na eletrificação acessível, na faixa de entrada desse novo mercado que começa a crescer com maior velocidade.

Como contraponto aos modelos híbridos de alta voltagem ou puramente elétricos ainda muito caros, a fornecedora de componentes e sistemas também acredita que haverá forte demanda por carros com powertrains eletrificados por baterias de 48 volts, os chamados híbridos leves (ou mild hybrid), além de minielétricos de duas, três ou quatro rodas.

Híbridos leves 48V

Para a Bosch, os híbridos leves 48V são o “estágio acessível da eletrificação”, com vendas que devem alcançar 6,3 milhões de unidades em 2020 e mais que dobrar para 15,2 milhões em 2025. Isso porque o sistema é bem mais barato que o de alta voltagem e pode ser assimilado por diversos dos carros vendidos hoje só com motores a combustão, sem grandes mudanças de projeto. O sistema mild hybrid é composto por apenas quatro elementos: uma bateria de lítio 48V, um pequeno propulsor elétrico acoplado ao motor convencional, um alternador 48V e uma central eletrônica de gerenciamento.

O sistema híbrido leve garante maior economia de combustível atuando de duas maneiras. O pequeno motor elétrico fornece 10 kW (algo como 13 cavalos) de potência adicional, funcionando como impulso extra nas arrancadas e acelerações, aliviando assim parte do trabalho do motor a combustão. A outra atuação para cortar consumo é conhecida como coasting, uma espécie de “banguela” eletrônica, que faz o sistema start-stop desligar o motor não somente nas paradas do trânsito, mas também quando o motorista tirar o pé do acelerador em uma estrada, estendendo assim o benefício do liga-desliga para o uso rodoviário, ou mesmo antes da parada total em um semáforo na cidade.

Direção e freios assistidos continuam funcionando normalmente mesmo com o motor parado, alimentados pela bateria de 48V. O motor só religa, com a ajuda do propulsor elétrico, quando o acelerador volta a ser pressionado. Assim como nos modelos híbridos e elétricos de alta voltagem, o mild hybrid é equipado com frenagem regenerativa, que recarrega a bateria nas desacelerações.

Como a economia de combustível trazida pelo sistema 48V depende essencialmente do uso do carro, como a quantidade de subidas e descidas enfrentadas diariamente ou uso maior na cidade ou estrada, a Bosch resiste em divulgar o potencial de redução de consumo de um mild hybrid em comparação a um carro equipado só com motor a combustão. Mas é sabido que se o veículo trafegar em condições que permitam o desligamento do motor com grande constância, a redução pode ser grande, em torno de 25%.

A Bosch já tem diversos protótipos híbridos leves em estágio avançado de testes e espera equipar os primeiros modelos comerciais a partir de 2018, quando a opção deve ser colocada à venda. Como se trata de eletrificação mais barata, a principal aposta de crescimento é o mercado chinês, por isso a empresa vai inaugurar na China no ano que vem uma fábrica para produção em larga escala de baterias de lítio de 48V que dão vida ao sistema mild hybrid.

Minielétricos

Também é grande a expectativa em fornecer o powertrain de miniveículos elétricos de duas, três e quatro rodas. “Esses pequenos veículos elétricos têm grande potencial de sucesso nos próximos anos, com projeção de algo como 100 milhões de unidades produzidas por ano a partir de 2020”, destacou Harald Kröger, presidente da divisão de sistemas eletrônicos da Bosch, durante evento de apresentação de novas tecnologias automotivas, realizado semana passada no campo de provas da empresa em Boxberg, Alemanha.

Kröger citou o exemplo da China, onde a frota de scooters elétricos somava 58 mil unidades rodando no país em 1998 e passou a estratosféricos 200 milhões este ano. “Esse crescimento exponencial mostra que pequenos veículos elétricos, mais acessíveis, têm futuro garantido. A produção deles é facilmente escalável, com poucos componentes, e o tempo de desenvolvimento para o mercado é de apenas 18 meses. É um recorde de economia de esforço e dinheiro. Por isso acreditamos em 100% de crescimento por muitos anos”, diz o executivo.

O pequeno elétrico eGo: kit de eletrificação da Bosch

Para esses pequenos veículos a Bosch desenvolveu uma espécie de kit de eletrificação com apenas seis elementos: bateria de lítio de 48 volts de apenas 15 kg que pode ser instalada em série com outras, motor elétrico compacto de 9 kg, carregador, central eletrônica de controle, display digital com velocímetro e outros indicadores de condução, além de um aplicativo para smartphone que reúne diversas informações do veículo, como tempo de recarga.

Este conjunto pode ser instalado tanto em uma scooter elétrica como em um minicarro, como é o caso do pequeno e.Go Life, produzido pela alemã e.Go Mobility em cooperação com a Bosch. O carrinho de quatro lugares está sendo lançado na Europa pelo preço público de € 15,9 mil – na Alemanha, com incentivos, custará € 11,9 mil. O e.Go usa o powertrain de seis elementos da Bosch e pode ser equipado com seis ou oito baterias de lítio de 48V cada. Dependendo do pacote escolhido, a autonomia é de 130 ou 175 quilômetros. Com apenas 3,35 m de comprimento, 1,7 m de largura, 1,56 m de altura e pesando 650 kg, o minicarro elétrico faz de 0 a 50 km/h em 5,7 segundos e chega à velocidade máxima de 100 km/h.

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