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Exportações do Paraná cresceram 12% no trimestre

Publicado em 25/04/2016

Os embarques de soja em grão, carnes e automóveis puxaram o resultado

Fonte: Agência de Notícias do Paraná

As exportações do Paraná cresceram 12% no primeiro trimestre em relação ao mesmo período do ano passado. Impulsionadas pelo câmbio favorável, as receitas de vendas externas somaram US$ 3,34 bilhões, contra US$ 3 bilhões nos primeiros três meses de 2015, de acordo com dados de Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio. Os embarques de soja em grão, carnes e automóveis puxaram o resultado.

As importações, por outro lado, sentiram o peso do dólar desfavorável e tiveram queda de 24,3%. Foram US$ 2,43 bilhões no primeiro trimestre, contra US$ 3,2 bilhões de janeiro a março do ano passado.

Com o resultado, o Paraná fechou o primeiro trimestre com um superávit comercial de US$ 928,8 milhões. O Estado respondeu, sozinho, por 11% do saldo comercial brasileiro no trimestre, de US$ 8,4 bilhões.

O desempenho do Paraná nas exportações foi melhor do que o do Brasil, que, mesmo com o câmbio favorável, registrou queda nos embarques. No primeiro trimestre, o Brasil registrou uma retração de 5% nas exportações, para US$ 40,6 bilhões.

“O Paraná está aproveitando melhor a válvula de escape proporcionada para o câmbio para crescer nas vendas externas, o que deve ter um reflexo positivo no desempenho da economia paranaense em 2016”, afirma Julio Suzuki Júnior, diretor-presidente do Ipardes (Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico Social). Um dado relevante, de acordo com ele, é que as exportações paranaenses estão crescendo não apenas no complexo soja, tradicionalmente exportador, mas também na indústria, que perdeu espaço no mercado externo nos últimos anos.

Industrializados

No primeiro trimestre, as vendas externas de produtos manufaturados foram puxadas pelos automóveis, cujos embarques totalizaram US$ 99 milhões, 166% mais do que no mesmo período do ano passado.

Parte desse desempenho se deve à melhora nas relações comerciais com a Argentina, com a mudança de governo no País. As exportações de veículos de carga, por sua vez, cresceram 143,6%, para US$ 33,7 milhões.

Para Suzuki Júnior, a tendência é de melhora do quadro de exportações da indústria, principalmente com o início das exportações de celulose pela nova fábrica da Klabin em Ortigueira, nos Campos Gerais. “O setor de papel e celulose deve ser um dos destaques nas exportações em 2016”, afirma.

 

Agronegócio

No agronegócio, a soja puxou os embarques paranaenses. As exportações do grão – que respondem por 24% das vendas externas do Estado - aumentaram 106,2%. Passaram de US$ 393,1 milhões no primeiro trimestre do ano passado para US$ 810,5 milhões no mesmo período de 2016.

As vendas de carne bovina in natura, por sua vez, cresceram 265%, de US$ 7,1 milhões para US$ 25,9 milhões, embaladas pelo fim de embargos e queda de barreiras sanitárias ao produto paranaense nos últimos meses. As vendas de carne suína in natura avançaram de US$ 22,3 milhões para US$ 33,2 milhões, alta de 48,4%. A receita de carne de frango in natura - segundo colocado na pauta de exportações do Estado – teve queda pequena, 3,6%, para US$ 449,8 milhões.

As exportações de cereais, principalmente milho, também tiveram resultado positivo, com alta de 51,4% na mesma base de comparação – de US$ 145,8 milhões para US$ 220,8 milhões.

De acordo com Suzuki Júnior, a tendência geral nas exportações é de crescimento em 2016. “Depois de dois anos de retração, as exportações devem fechar com crescimento em 2016 e ajudarem o Paraná a ter um saldo positivo na balança comercial”, afirma.

Compras externas

As importações, porém, seguem em tendência de queda, influenciada pelo dólar alto e pela redução da atividade econômica. No primeiro trimestre, a maior retração, de 60%, foi registrada nas importações de óleo bruto de petróleo, de US$ 212,1 milhões, para US$ 84,7 milhões. As compras de automóveis de outros países tiveram resultado semelhante, com queda de 59%, de US$ 148,3 milhões para US$ 59,9 milhões.

O destaque de crescimento ficou para as importações de máquinas e aparelhos para fabricação de pasta celulósica e papel. As importações passaram de US$ 11,4 milhões para US$ 81,4 milhões – alta de 616% - impulsionadas pelo projeto da Klabin em Ortigueira.

Ainda assim as importações paranaenses caíram menos do que a média brasileira. As importações do País recuaram 33,4% no primeiro trimestre, para US$ 32,2 bilhões. 

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