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Japão dobra presença no PR em 5 anos

Publicado em 23/09/2014

Número de empresas japonesas passou de 11 em 2009 para 22 neste ano. Até 2017, previsão é que 50 estejam instaladas no estado

Fonte:  Antonielle Luciano para Gazeta do Povo

A presença de empresas japonesas no Paraná dobrou nos últimos cinco anos. Segundo dados da Câmara do Comércio e Indústria Brasil–Japão do Paraná (CCIBJP), uma sociedade civil sem fins lucrativos que representa a classe empresarial, em 2009 eram 11 fábricas instaladas. Hoje, já são 22. A maioria dos empreendimentos ainda está concentrada na Região Metropolitana de Curitiba e em Ponta Grossa (Campos Gerais), mas há esforços para levar novos investimentos japoneses para outras regiões do estado, especialmente o Norte e o Noroeste, onde ficam Londrina e Maringá. A expectativa é que, nos próximos três anos, 50 empresas nipônicas estejam instaladas no Paraná.

O presidente da entidade, Yoshiaki Oshiro, explica que a falta de mão de obra no Japão para atender à demanda das indústrias locais e as dificuldades enfrentadas em decorrência de terremotos estão entre os motivos que influenciam a expansão para o Brasil. “No Japão, trabalha-se com um conceito de planejamento de longo prazo e sabe-se que o índice populacional deles vem caindo, ao contrário do nosso. O número de empresas para abastecer o mercado interno, com o tempo, terá problemas para crescer”, diz.

Segundo Oshiro, a ideia é trazer para o Paraná empresas de médio porte, que possam contribuir para o desenvolvimento de novas tecnologias em setores como agroindústria e eficiência energética.

Visitas

Ao todo, 51 empresas japonesas devem conhecer o estado até o fim do ano. Os representantes costumam vir em comitiva e passar por seminários empresariais nas principais cidades paranaenses. Foi assim, em agosto, quando empresários da província de Ueda estiveram em Londrina. Para setembro, está prevista a vinda de uma comitiva de professores e reitores de universidades japonesas.

A Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) tem dado suporte às iniciativas. “Levamos empresários brasileiros para o Japão e também recebemos delegações que vêm conhecer as potencialidades do estado, a capacidade de absorção de novos investimentos e se há pontos de convergência para aportar capitais”, assinala o gerente de Relações Internacionais e Negócio Exterior do Sistema Fiep, Reinaldo Tockus.

Trata-se, de acordo com ele, de um trabalho de “convencimento”, uma vez que os incentivos fiscais estão estáveis desde a década de 1970 e a situação tributária do Brasil pode desestimular novas parcerias. “O que acontece é que as empresas são atraídas pela qualidade de vida e pela nossa formação profissional para mão de obra. Além disso, o estado também tem proximidade com o Mercosul e São Paulo, hoje o maior centro consumidor da América Latina”, comenta o gerente.

Acordos

Segundo a Câmara do Comércio e Indústria Brasil-Japão do Paraná, das cinco empresas que visitaram Londrina no mês passado, ao menos duas retornaram para a Ásia com parcerias encaminhadas com empresários brasileiros. Uma delas seria a Wataya Seisako, que atua na transformação de lixo em energia. A outra empresa é a Gurimu, que trabalha com biotecnologia, produzindo uma enzima que limpa o solo e a água.

Fazenda Rio Grande

A fabricante japonesa de pneus Sumitomo Rubber, dona das marcas Dunlop e Falken, inaugurou sua primeira unidade no Brasil ano passado. Foram investidos R$ 750 milhões na instalação da empresa em Fazenda Rio Grande, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC). Segundo o gerente sênior de Marketing e Vendas da Dunlop, Renato Baroli, a presença da fábrica fortaleceu a empresa no cenário automotivo nacional. Antes, os produtos comercializados no Brasil tinham de ser importados. A Sumitomo Rubber gera 850 empregos em Fazenda Rio Grande e tem como meta alcançar a marca de mil postos de trabalho até o fim de 2014. A empresa também estuda produzir pneus para veículos de carga e exportar para países da América Latina.

Conforme Baroli, o Porto de Paranaguá e a presença de grandes montadoras de veículos foi determinante para a escolha do Paraná como sede da unidade brasileira, além do programa Paraná Competitivo, do governo do estado. “Isso abriu as portas para os nossos investimentos e facilitou o processo de implementação da fábrica”, afirma.

Atrativos

Para Roberto Shingi Itai, diretor geral da Hamaya do Brasil, empresa japonesa que também atua em Fazenda Rio Grande, os custos de instalação industrial no Paraná são mais atrativos do que os verificados pelo grupo em outros estados. Ele relata que a Hamaya estudava iniciar as atividades em São Paulo, mas que mudou os planos após conhecer as condições do Paraná.

Após três anos de negociações, as atividades começaram em 2011. A unidade na RMC também é a primeira da Hamaya fora da Ásia. A empresa trabalha com a reciclagem de materiais de informática e metais ferrosos e não ferrosos. Foram investidos R$ 1,2 milhão no Brasil.

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