Blog

Observatórios

Acompanhe nas redes sociais:
  • Twitter
  • Facebook
  • Youtube

Cadastre-se

e receba nosso informativo

Plástico de engenharia revoluciona a indústria automotiva

Publicado em 27/05/2013

Preocupação ambiental, Novo Regime Automotivo e redução dos custos de produção são alguns dos motivos que tornam o material mais atrativo para as grandes montadoras.

Preocupação ambiental, Novo Regime Automotivo e redução dos custos de produção são alguns dos motivos que tornam o material mais atrativo para as grandes montadoras.
Desde janeiro deste ano está em vigor o Novo Regime Automotivo que, entre outras exigências, determina que montadoras aumentem a eficiência energética de seus produtos em pelo menos 12% até 2017, o que segundo a ANFAVEA, representaria uma economia de 13,6% em combustível. Uma das soluções utilizadas pelas fábricas para atingir a meta é a redução do peso do carro. Para isso, estão investindo na substituição de compostos automotivos de metal por peças equivalentes feitas de plásticos de alta performance, também chamados de plásticos de engenharia.

Coletores de Admissão de ar, por exemplo, eram exclusivamente fabricados de metal no passado, e hoje os modelos feitos com plástico de alta performance estão presentes em cerca de 97% dos veículos no Brasil de acordo com Paulo da Silva Motta, gerente de marketing e desenvolvimento de novos negócios da Rhodia. “Hoje o cárter de óleo feito de poliamida (componente principal do plástico de engenharia) é utilizado numa porcentagem próxima de zero. Nossa expectativa é que em cinco anos essa peça, feita de plástico, esteja presente em 50% da nova frota”, afirma.

Ainda de acordo com Motta, um carro 100 kg mais leve economiza meio litro de combustível por cem quilômetros rodados e reduz em 11,65g a emissão de CO2 por quilômetro. O Inovar-Auto também tem como critério a redução de emissão de carbono pelo veículo. Dessa forma a utilização do plástico já contribui para duas exigências do Novo Regime Automotivo que propõe desconto de 30 pontos no IPI para as montadoras. A japonesa UBE chegou com objetivo de aumentar sua participação no Brasil em 10% ainda em 2013. Para isso a empresa apresenta um grande portfólio de aditivos que são usados para diminuir o peso do plástico de engenharia sem que este perca suas propriedades. 

A DSM possui uma tampa estética de motor feito de poliamida ecologicamente correta, pois 70% de sua composição é obtida do óleo de mamona. Além do plástico de alta performance ser reciclável, a fonte de sua matéria-prima também é renovável, contribuindo para a redução do peso do carro e de emissão de gases poluentes. O EcoPaXX, como é chamado, já é utilizado no novo Mercedes-Benz Classe A.

Segundo especialistas, o país descarta 2,6 milhões de toneladas de plástico, mas recicla somente 736 mil toneladas do material. A consultora Solange Stumpf cita o claro  espaço de crescimento da reciclagem de plástico no Brasil. “Metade do plástico consumido no País é de vida curta, e podemos reciclar muito mais. Descartamos 2,6 milhões de toneladas e reciclamos somente 736 mil toneladas, predominantemente através da reciclagem mecânica. Das 815 empresas existentes, 324 localizam-se no Estado de São Paulo. “No Sul do Brasil, entretanto, a coleta seletiva é mais estruturada”, considera a especialista da Maxiquim.

“Entre os anos que a pesquisa compreende – de 2003 a 2011 – observamos uma estabilidade na capacidade ociosa das empresas de reciclagem. Esse número permaneceu entre 37% e 33%. Se na indústria de transformação esse coeficiente é fatal, para a reciclagem é normal, e somente significa que temos muito fôlego para fortalecer a atividade no País”. Em tempo, o país campeão em reciclagem é a Suécia, que tem uma taxa de 35% de todo plástico descartado transformado em novos produtos. O Brasil tem uma eficiência atual de 24,7%.

A geração de empregos no setor de reciclagem também foi apresentada. Entre 2010 e 2011, o número de trabalhadores saltou de 18.288 para 22.705. O faturamento geral em 2011, último ano com informações disponíveis, foi de R$ 2,39 milhões, aumento de 22% em relação a 2010, ano que fechou em R$ 1,9 milhão. Em relação à indústria de reciclagem mecânica, o Sudeste representa 55,5% do total, o Sul é 27,7% da atividade e o Nordeste, 9,9%. A indústria de bens de consumo não duráveis e semiduráveis é a maior absorvedora do material, representando 41%. A construção civil figura em segundo lugar, com 16%. Agropecuária e indústria são 15%. Em 2003 as empresas recicladoras eram 492, depois de sete anos, em 2011, o número havia saltado para 815.

 Fonte: Teresa Silva, Segs

Deixe seu coment�rio

Site Seu blog ou p�gina pessoal


1. Os sites do Sistema Fiep incentivam a pr�tica do debate respons�vel. S�o abertos a todo tipo de opini�o. Mas n�o aceitam ofensas. Ser�o deletados coment�rios contendo insulto, difama��o ou manifesta��es de �dio e preconceito;
2. S�o um espa�o para troca de id�ias, e todo leitor deve se sentir � vontade para expressar a sua. N�o ser�o tolerados ataques pessoais, amea�as, exposi��o da privacidade alheia, persegui��es (cyber-bullying) e qualquer outro tipo de constrangimento;
3. Incentivamos o leitor a tomar responsabilidade pelo teor de seus coment�rios e pelo impacto por ele causado; informa��es equivocadas devem ser corrigidas, e mal entendidos, desfeitos;
4. Defendemos discuss�es transparentes, mas os sites do Sistema Fiep n�o se disp�em a servir de plataforma de propaganda ou proselitismo, de qualquer natureza. e
5. Dos leitores, n�o se cobra que concordem, mas que respeitem e admitam diverg�ncias, que acreditamos pr�prias de qualquer debate de id�ias.

 Aceito receber comunica��o da Fiep e seus parceiros por e-mail
 
Av. Comendador Franco, 1341 - Jardim Botânico - 80215-090
Fone: 41 3271 7900
Fax: 41 3271 7647
observatorios@fiepr.org.br
  • Twitter
  • Facebook
  • Youtube