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Setor de carne é responsável por 7% do desperdício de alimentos nos varejos do Brasil, diz estudo

Publicado em 23/11/2016

O desperdício de alimentos é um problema global que atinge toda a cadeia produtiva, desde o processamento, distribuição, varejo, até a mesa do consumidor, gerando impactos não apenas ambientais, mas sociais e econômicos. Na América Latina, estima-se que o descarte atinja 4,4% das vendas do varejo. No Brasil e no México, as maiores perdas no varejo estão no setor de frutas, legumes e verduras, com média de 11%, seguido por carnes e pescados, representando aproximadamente 7% do total. Já na Argentina, a seção de carne e frutos do mar lidera com 11%.

Esses dados fazem parte da pesquisa “Soluções para reduzir o desperdício de alimentos no varejo na América Latina”, realizada pela Sealed Air Food Care, líder em soluções de embalagens e higiene para a indústria alimentícia, em parceria com a Nielsen, Direção de Estudos Econômicos de ANTAD (México), a Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo (FEA – USP) e associações supermercadistas. O estudo, realizado no Brasil, Argentina e México, ouviu 194 profissionais do setor e mais de 3 mil consumidores.

Todo ano 1,3 bilhão de toneladas de alimentos são jogados fora em todo o mundo e a América Latina e Caribe são responsáveis por 6% do desperdício global, segundo os dados da Organização nas Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO). O setor do varejo é responsável por boa parte dessas perdas e o descarte contabilizado apenas nas lojas seria suficiente para alimentar mais de 30 milhões de pessoas, ou 64% dos indivíduos que passam fome na região.

De acordo com o estudo da Sealed Air, 99% dos profissionais do setor consideram a redução do desperdício a maior preocupação operacional, seguido de controle de roubos com 76%, contenção de custos de pessoal, 73%, e administração de recursos com energia, 71%. Para eles, a contenção das perdas poderia incrementar os lucros em até 29% no Brasil, 14% na Argentina e 7% no México.

Entre os fatores indicados como principais causadores do desperdício estão os alimentos fora do prazo de validade e produtos estragados, que contabilizam juntos uma média de 40% das perdas nos três países. As embalagens danificadas também foram apontadas por representarem um grande impacto no desperdício, sendo responsáveis por 13% do descarte de alimentos nos varejos da América Latina. A falta de resistência desses materiais prejudica a manutenção do frescor e a vida útil do alimento. No Brasil, o departamento de carnes e frutos do mar é o mais comprometido com 28%, já no México, a seção de rotisseria com 32% e na Argentina, a de delicatessen, 14%.

“As tecnologias de embalagens permitem que o varejo minimize esses problemas. A Sealed Air Food Care, por meio da marca Cryovac, oferece soluções de embalagem  que entregam benefícios como maior vida útil, alta resistência contra perfurações e vazamentos, aparência de frescor, entre outros. O alimento pode chegar ao varejo já embalado em porções, com garantia de origem, pronto para ser exposto nas gôndolas, o que reduz os custos operacionais com reprocesso, mantém a integridade original e minimiza as perdas no ponto de venda”, explica o vice-presidente da Sealed Air Food Care na América Latina, Tobias Grasso.

De acordo com a pesquisa, os consumidores latino-americanos estão mais preocupados com problemas ambientais, como poluição do ar e a escassez de água do que com o desperdício de alimentos. No entanto, quando eles têm acesso às causas do desperdício e entendem que as embalagens adequadas podem ajudar a minimizar o problema, a maioria passa a valorizar a adoção destas soluções. Mais de 90% dos consumidores reconheceram o benefício da embalagem em garantir o frescor por mais tempo, a integridade do alimento e proteger contra os germes. Os consumidores revelaram também que valorizam lojas que vendam produtos que ajudam a reduzir o índice de comida desperdiçada. No Brasil, esse índice atinge 86%, seguido do México com 84% e 81% na Argentina. 

“A embalagem é uma solução real para conter o alto índice de desperdício de alimentos. É importante fomentar a conscientização sobre os benefícios dessas tecnologias no que se refere à preservação da qualidade, frescor e a redução das perdas ao longo da cadeia. Esse conhecimento vai aumentar a intenção de compra e, no final, haverá um incremento nos resultados”, detalha o executivo.

Fonte: Carnetec, http://www.carnetec.com.br/Supplier/News/Details/67294

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