Blog

Observatórios

Acompanhe nas redes sociais:
  • Twitter
  • Facebook
  • Youtube
Enquete

O que achou do novo blog?

Cadastre-se

e receba nosso informativo

Seminário Erva-mate XXI - Erva mate pode virar cosméticos, refrigerantes e até "pó de café"

Publicado em 10/10/2016

Seminário em Curitiba apontou oportunidades no mercado internacional de chás que podem aumentar a renda de produtores e de comerciantes com a planta símbolo do Paraná

Que a erva mate é um capítulo importante da história do Paraná e do Brasil, ninguém tem dúvida. Agora, que dá para fazer cosméticos, refrigerantes e até “pó de café” com a planta, isso é novidade para boa parte dos entusiastas do bom e velho chimarrão. E são novidades como essas que foram buscar os participantes do Seminário Erva-mate XXI, na capital paranaense. O evento, que teve as inscrições esgotadas duas semanas antes de acontecer,e aconteceu entre os dias 5 e 7 de Outubro, na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), no Prado Velho, em Curitiba.

clique para ampliarclique
            para ampliarIves Goulart, da Embrapa Florestas, apresenta agora o programa Erva20, sistema de produção de erva-mate para alta produtividade e qualidade (Foto: Cassiano Correia)

A iniciativa do encontro foi da Embrapa Florestas, Ibramate, Instituto de Florestas do Paraná, Instituto Emater Paraná, Associação dos Engenheiros Agrônomos do Paraná/Curitiba e Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR). Ives Gularte, analista da Embrapa Florestas, enfatiza que o seminário trata da modernização do cultivo da erva mate e da diversificação da cultura. “Trata de novas práticas, tecnologias tanto para produção, dentro da propriedade rural, e para o uso da erva mate, que não só o chimarrão”, descreve.

De acordo com a Embrapa Florestas, atualmente, a erva-mate é o principal produto não madeireiro do agronegócio florestal da região Sul do Brasil. São 700 indústrias beneficiadoras em 486 municípios produtores. Em 2014, pela ordem, os maiores produtores foram: Paraná (512,4 mil toneladas), Rio Grande do Sul (296,4 mil toneladas) Santa Catarina (123,8 mil toneladas), e Mato Grosso do Sul (2,8 mil toneladas). No total, 90% do produto é consumido na forma de chimarrão e o restante como chás. O setor gera 700 mil empregos diretos e indiretos gerados pelo setor e envolve 180 mil produtores rurais, a maioria de pequeno porte.

Mas os números poderiam ser muito melhores, principalmente em relação ao mercado internacional de erva mate. Heroldo Secco Junior, um dos palestrantes do evento, acompanha o setor há quase 20 anos. Ele brinca que dos Jesuítas (primeiros a processarem a erva mate comercialmente no Brasil) até agora, o que mudou de fato nos processos industriais da erva mate foi a câmera fotográfica. “Nós temos a tradição da erva mate vinculada a chimarrão e o mate gelado em copinho. Mas ela pode ser ingrediente para muitos outros produtos. Podemos enriquecer pães com a farinha de erva mate. Podemos enriquecer pudins, mistura com sucos”, cita ele que demonstrou em sua palestra até um “café” expresso de erva mate.

Cristiane Helm, da Embrapa Florestas e doutora em Ciência de Alimentos, conduz pesquisas sobre os antioxidantes naturais da erva. A substância combate radicais livres e previne o envelhecimento.

Em determinadas variedades, um copo de chá mate, por exemplo, pode ter até três vezes mais antioxidantes que uma taça de vinho, segundo Helm. Já existem "árvores-pilotos" sendo cultivadas no Paraná. Mas falta impor padrões à produção no campo.

Eventos como o da Embrapa tentam unir produtores e pesquisadores, a fim de aperfeiçoar a produção, criar protocolos para o mate e cobrar políticas públicas, que impulsionem o setor.

Uma reportagem mostrando as novidades encontradas no evento foi ao ar no Negócios da Terra, veja aqui:

Textos extraídos da Gazeta do Povo , Folha de São Paulo e Negócios da Terra 

Av. Comendador Franco, 1341 - Jardim Botânico - 80215-090
Fone: 41 3271 7900
Fax: 41 3271 7647
observatorios@fiepr.org.br
  • Twitter
  • Facebook
  • Youtube