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O Sistema Fiep recebeu em 2013, por meio do Sesi e do Senai, o Selo Pró-Equidade de Gênero e Raça, que é concedido pela Secretaria de Políticas para Mulheres, da Presidência da República. O reconhecimento é dado a organizações que demonstram o compromisso de integrar a questão da equidade aos seus processos. Neste sentido, todas as instituições que integram o Sistema Fiep vem buscando soluções para promover a igualdade racial e de gênero. Uma dessas ações é o “Programa de Estágio para Jovens Negras e Negros”, lançado pelo IEL em abril.
Participam do programa 21 jovens e o primeiro encontro do grupo foi realizado na última quinta-feira (21), no Campus da Indústria, em Curitiba. Os participantes receberam informações sobre o Sistema Fiep, o Programa Pró-Equidade de Gênero e o Programa de Estágio , cronograma e conteúdo que será trabalhado. Estiveram presentes representantes do Fórum da Juventude Negra do Paraná e da Rede de Mulheres Negras do Paraná, parceiros do IEL na iniciativa. A gerente corporativa de Recursos Humanos do Sistema Fiep, Daviane Chemim e o gerente executivo do IEL no Paraná, Eduardo Vaz, deram as boas-vindas aos jovens.
“O programa é uma ação afirmativa, ou seja, uma medida especial e temporária para eliminar desigualdades historicamente acumuladas, garantindo a igualdade de oportunidades e tratamento, além de compensar perdas provocadas pela discriminação e marginalização. Iniciativas como essa visam combater os efeitos acumulados em virtude das discriminações ocorridas no passado”, destacou Vaz. Segundo ele, o IEL quer preparar esses jovens para o mercado de trabalho, auxiliando na construção de uma carreira sólida e de sucesso e com melhores oportunidades.
Ao todo, a capacitação terá 42 horas de duração e acontecerá na sede, em Curitiba, nos meses de maio e junho. Serão sete módulos, de seis horas cada, que abordarão o auto-desenvolvimento, cidadania, a comunicação entre gerações, criatividade, inovação, ética e postura profissional, negociação e conflito e trabalho em equipe.
Uma pesquisa publicada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) em 2014 revela que “são notórias as dificuldades de inserção dos jovens no mercado de trabalho, que tende a absorver mais os profissionais com maior experiência e qualificação. No espectro da juventude negra, essa dificuldade se amplifica, se somada aos mais baixos índices de escolaridade, à frequência escolar e ao racismo, que resiste impregnado em muitas instituições”. As ações afirmativas, isto é, para a promoção da igualdade de oportunidades, são citadas pelo Ipea como soluções para melhorar a situação de negros e negras no país. Confira o estudo completo no site www.ipea.gov.br/igualdaderacial.