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Conheça o projeto Pegada Ecológica do Senai, iniciativa que busca conciliação no desenvolvimento econômico e a preservação ambiental das cidades, na entrevista com Pedro Américo Norcio Duarte, do Senai Paraná.
NS: O que é o projeto Pegada Ecológica do Senai Paraná?
Pedro: Na busca da conciliação
entre o desenvolvimento econômico e a preservação ambiental, o Senai PR vem adotando práticas sustentáveis
que ajudam no equilíbrio entre tecnologia e meio ambiente. Recentemente, em parceria com a ONG norte-americana
Global Footprint Network - GFN e com o apoio da prefeitura municipal o Senai PR mediu a Pegada Ecológica de Curitiba.
Desenvolvida pela ONG norte-americana, que trabalha com o projeto em mais de 150 países, essa metodologia permite determinar
tanto o grau de impacto do homem sobre os ecossistemas quanto avaliar a capacidade ecológica necessária para
sustentar o consumo de produtos e estilos de vida, bem como absorver os resíduos gerados. A Pegada Ecológica
é uma forma de mensurar a quantidade de recursos naturais renováveis consumidos por uma população
específica, em relação à capacidade dos ecossistemas locais em prover esses mesmos recursos.
NS: Qual é o objetivo do projeto?
Pedro: O objetivo do Senai PR e a Pegada Ecológica
é buscar um desenvolvimento sustentável que priorize o uso de energias renováveis, o consumo consciente
e o uso de tecnologias limpas, que não agridam o ecossistema e a preservação ambiental das cidades.
NS: Como foi a ação da Pegada Ecológica em Curitiba, no Paraná?
Pedro: Na capital
paranaense, a Pegada Ecológica revelou-se pouco mais de 40% acima da média brasileira, resultando em 3,4 gha
(hectares globais) por pessoa. Em outras palavras, se toda a população mundial vivesse no estilo de vida em
que vivem os curitibanos necessitaríamos de 2 planetas para suprir todas as demandas. A explicação está,
principalmente, nos gastos do curitibano com transporte privado, superior à média nacional, apesar da boa infraestrutura
de transporte público existente na cidade. Além disso, há um alto consumo de carne e bens de serviços
produzidos a partir de animais. Por outro lado, os diversos parques verdes existentes melhoram a qualidade de vida da população
e ajudam a manter a biocapacidade a longo prazo. Apesar do resultado de Curitiba apresentar-se alto, a situação
certamente se inverte quando comparada com outras capitais do mesmo porte e hábitos de vida. A Pegada Ecológica
representa colocar ao acesso das equipes de planejamento das cidades um verdadeiro mapa dos hábitos de consumo de suas
populações e do consequente impacto sobre o ecossistema local, permitindo definir políticas públicas
e alocar melhor os recursos.
O Senai Paraná, através do projeto Pegada Ecológica, foi destaque no 4.º Prêmio Ozires Silva de Empreendedorismo Sustentável, que reconhece as melhoras iniciativas inovadoras que se preocupam com questões ambientais e sociais responsáveis. Confira a matéria