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Moda inclusiva: uma promissora oportunidade de negócios

Estima-se que no Brasil pelo menos 12 milhões de deficientes físicos encontram dificuldades para se vestir. Estilista Leny Pereira, graduada em Ergonomia e Modelagem e dá aulas de Têxtil e Vestuário no Senai Cianorte, cria roupas especiais para esse público

clique para ampliar>clique para ampliar“Comecei a pensar em peças que oferecessem não só conforto e praticidade, mas também beleza e modelagem, e que pudessem melhorar a autoestima dessas pessoas”, conta Leny (Foto: Divulgação)
Profissionais e acadêmicos da área de moda de Cianorte estão encontrando inspiração em um segmento muito especial e ainda pouco explorado no Brasil: o da moda inclusiva, voltada para pessoas com algum tipo de deficiência (motora, visual, mental ou auditiva).
Trata-se de um público estimado em cerca de 46 milhões de pessoas, algo em torno de 24% da população. Desses, estima-se que pelos 12 milhões sejam deficientes físicos, na maioria das vezes com grande dificuldade para se vestir e se despir e que não encontram roupas adequadas para se sentirem mais confortáveis. 
Foi pensando em mudar esse quadro que a estilista Leny Pereira teve a ideia, há dois anos,  de criar uma roupa apropriada para pessoas com paralisia cerebral, paraplegia ou lesão medular. “Comecei a pensar em peças que oferecessem não só conforto e praticidade, mas também beleza e modelagem, e que pudessem melhorar a autoestima dessas pessoas”, conta.
Para chegar a isso, a estilista, que é graduada em Ergonomia e Modelagem e dá aulas de Têxtil e Vestuário no Senai Cianorte, dedicou boa parte do seu tempo em pesquisas, conversas e visitas à APAE (Associação de  Pais e Amigos dos Excepcionais) para saber mais a respeito das dificuldades enfrentadas pelos deficientes em seu dia a dia. O resultado foi uma coleção de roupas feitas com tecidos maleáveis e antialérgicos, com zíperes e botões de plásticos em vez de metalizados, recortes nas costas, aberturas laterais nas pernas de calças e em mangas compridas e cinturas com elástico em vez de cós e botões.
 
Nos últimos dois anos, as roupas desenhadas por Leny ganharam elogios e prêmios em eventos de inclusão social Brasil afora e foram apresentadas na versão internacional do Colóquio de Moda, realizado há um mês em Fortaleza (CE), mas nenhuma confecção se interessou em produzi-las em escala comercial. “É muito difícil trabalhar com essas peças pelo nível de detalhes e aviamentos, como uso de zíperes diferenciados e velcro”, diz a estilista, destacando que não há necessidade de adaptações na linha de produção para a confecção dessas peças. “Haveria, inclusive, melhor aproveitamento de tecidos por conta da quantidade de recortes”, argumenta. 
Em alguns países da Europa e dos Estados Unidos as grifes já enxergaram esse filão como uma excelente oportunidade de negócios, como é o caso das marcas WeAdapt (de Portugal) e A&K Classics (da França), que produzem roupas ao mesmo tempo elegantes e confortáveis para homens e mulheres portadores de deficiência.
De acordo com as pesquisas de Leny Pereira, as mães ou responsáveis por pessoas deficientes declararam estar dispostas a pagar mais por roupas que não apenas vestissem, mas se adequassem às dificuldades e necessidades de seus filhos. De qualquer maneira, o trabalho da professora Leny abre novas perspectivas para o setor de confecções, que precisará “acordar” para o potencial desse público.
O mercado é vasto e inclui desde pessoas com restrições físicas permanentes a pacientes com mal de Parkinson ou reumatismos severos, entre outras doenças que afetam a mobilidade e a coordenação motora. A meta da estilista é que a moda inclusiva chegue aos grandes magazines como mais um segmento de vestuário e com sessão específica nos departamentos de moda feminina, masculina e infanto-juvenil. 

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